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Brava

Delegacia de saúde acusada de negar auxílio médico

A queixosa é Aida Cardoso, mãe de um paciente de 15 anos, que, segundo conta, nos últimos dias,  esteve com problemas, correndo mesmo “risco de perder a vida”. Essa mãe pede melhores condições de saúde e celeridade nos processos de transferência de doentes da Brava para o Fogo ou Praia.

De acordo com Aida Cardoso, residente na localidade de Mato, o filho foi para a escola em Nova Sintra, onde passou mal sentindo dores no abdómen, pelo que se dirigiu à delegacia de saúde, para ser atentido.

Mas, uma vez que não estava munido do documento de identificação, não conseguiu marcar a consulta, pelo que teve de regressar para casa, com dores.

Conforme relata esta mãe, as dores só pioraram, acompanhadas de vómitos esverdeado. 

De regresso à estrutura de saúde foi medicado e enviado para casa, mas, ao final da tarde, tiveram de regressar e acabou por ficar internado.

“Ficou internado, mas não tinha luz na ilha toda e nem o hospital tinha motor ou algum aparelho que fornecesse energia, para garantir um melhor atendimento ao paciente, sendo necessário iluminar com o meu próprio telemóvel para o preenchimento da ficha”, recorda a mãe Aida Cardoso.

Essa fonte denuncia que, apesar do Delegado de Saúde lhe ter permitido acompanhar o filho, a enfermeira de serviço não permitiu ficar com o filho, justificando que este tinha idade suficiente para ficar sozinho, mesmo estando com muitas dores.

A mãe conta que desde de quinta-feira, só foi capaz de ver o filho no sábado, dentro de uma ambulância, na altura em que o transferiram para a ilha do Fogo, onde foi submetido a uma cirurgia de emergência.

“Teve uma apendicite aguda que arrebentou, e ao sair do bloco os médicos me disseram que, para sobreviver, só seria possível com um milagre de Deus”.

O filho esteve oito dias internado no hospital do Fogo, e Cardoso apela às autoridades para que caso não for possível enviar técnicos que entendam do funcionamento dos equipamentos aí existentes, que arranjem uma forma de acelerar o processo de transferência dos pacientes, resolvendo a questão dos meios de transporte de ligação com a ilha do Fogo ou com a Praia, para facilitar este processo.

Esta mãe apela a  uma “melhor atenção” e ao “fim da discriminação e dos abusos que a ilha vem sofrendo desde longa data” e exige que os deputados Nacionais pelo círculo da Brava “interpelem realmente pelas necessidades da ilha”.

Resposta do Delegado de Saúde          

   Segundo o Delegado de Saúde, o paciente em questão foi à estrutura de saúde sozinho, no dia 2, em busca de justificar faltas às aulas.

“Em nenhum momento, dirigiu-se ao serviço de urgência, porque nos casos de emergência não perguntamos por documentos e o jovem foi e regressou no dia 27 com a mãe e foi encaminhado e tratado, com recomendações de que caso a dor persistir, para regressarem de novo, o que acabou por acontecer”, explicou o médico.

C/Inforpress

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