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Ambiente

Maio: FMB propõe maior fiscalização para controlo da comercialização da carne de tartaruga

A Fundação Maio Biodiversidade (FMB) pede mais meios de fiscalização nos portos das ilhas, para o melhor controlo do transporte e comercialização da carne das tartarugas marinhas.

Conforme o coordenador da campanha de proteção das tartarugas marinhas, na ilha do Maio, Jairson da Veiga, ainda há uma lacuna na fiscalização, principalmente, nos portos.

Veiga defende que essa fiscalização deve ser reforçada, tanto a nível do desembarque, como do transbordo do pescado e dos diferentes tipos de carne feito nos portos e nas diferentes praias das ilhas.

Neste sentido, Jairson da Veiga sugere as autoridades com responsabilidade neste sector a realizarem ou intensificarem este tipo de serviço, salientando que este ano receberam “muita informação” do fluxo de carne de tartaruga entre as ilhas do Fogo e Maio para a cidade da Praia destinado ao comércio ilegal.

Para o responsável da FMB essa intensificação da apanha de tartaruga não se deve a crise pandémica, mas sim a “teimosia por parte de algumas pessoas” que ainda persistem a cometer este crime, apesar de terem o conhecimento de que com esta prática podem ser coagidas ou mesmo presas.

Por isso, exorta as autoridades a serem mais ativas no cumprimento das suas funções de fiscalização.

O coordenador reconheceu que este ano houve “algum constrangimento” no final da temporada devido à falta de verbas, dado que receberam “tardiamente” o apoio por parte do Governo.

No entanto, salientou que mesmo durante o período em que estiveram com as equipas no terreno houve “apanhas consideráveis” de tartarugas.

“Só numa noite, houve cerca de 20 apanhas de tartarugas nas praias circundantes a vila de Barreiro, o que é uma coisa bizarra”, frisou, defendendo que estas pessoas estão conscientes do tipo de crime que cometem, aliás, admitiu que toda essa apanha não se restringe somente ao consumo, mas sim para o comércio, daí a alerta para um maior controlo nos portos.

Jairson da Veiga informou ainda que ao longo desses anos a FMB tem realizado campanhas de sensibilização em todos os povoados da ilha sobre esta temática, algo que aconteceu ainda com mais intensidade este ano, visto que aquela ONG completou 10 anos de existência a defender e a proteger as espécies existentes na ilha, pelo que disse não acreditar ser pela falta de informação que esta situação esteja a acontecer, principalmente na vila de Barreiro.

Conforme lembrou, aquela vila foi há dois anos uma referência na ilha, mas daquela altura a esta parte a urbe voltou à lista negra tanto a nível nacional como em toda a sub-região africana, por isso acredita que algo deva ser feito para se evitar que esta situação continue acontecer numa ilha distinguida como reserva mundial da Biosfera.

Todavia, disse que continua a persistir nesta via, principalmente junto das crianças, almejando que num futuro próximo esta situação venha a ser revertida.

C/Inforpress

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