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Fogo

Ministério Público vai apurar se houve negligência na morte de recém nascido

As causas da morte de um recém-nascido, ocorrida no passado 15 de novembro, vão ser apuradas pela Procuradoria-Geral da República que determinou, hoje, a abertura de instrução para apurar as circunstâncias da morte.

A abertura da instrução, segundo nota do Ministério Público, veio na sequência da notícia veiculada pelos órgãos da comunicação social e da queixa apresentada, na passada sexta-feira, 19, pela mãe da recém-nascida, dando conta do falecimento da criança durante o processo da sua transferência para a Cidade da Praia.

“Em causa estão factos susceptíveis de, por ora, integrarem a prática do crime de homicídio, na forma negligente, previsto e punido pela legislação penal”, refere o comunicado do MP, sublinhando que no âmbito das investigações levadas a cabo pela Procuradoria da República da Comarca de São Filipe, encontram-se em curso um conjunto de diligências visando a obtenção de provas que permitam esclarecer os factos denunciados.

Após a conclusão da investigação será tornado publicado o sentido de despacho de encerramento da instrução, refere ainda a nota.

O caso 

Recorde-se que a jovem Vânia Gomes acusa uma enfermeira do Hospital São Francisco de Assis, em São Filipe, Fogo, de uma alegada falha na ligação de oxigênio, o que, segundo a jovem, poderá ter culminado na morte do bebé, alegando que ouviu comentários entre médicos e enfermeiros.

“Ouvi uma médica a comentar, dizendo que o oxigénio estava 100 por cento (%) e que a enfermeira não abriu o oxigénio antes de sair com a criança para o aeródromo”, disse a jovem, para quem a morte do filho é uma consequência directa da negligência do pessoal do hospital regional.

O bebé seria evacuado para o Hospital Augustinho Neto, na Praia, mas no caminho para o aeródromo terá “ficado roxo”, o que obrigou ao retorno ao hospital. 

A direcção do Hospital Regional São Francisco de Assis ainda não se pronunciou sobre o caso.

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