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Saúde

Processo de amadurecimento da banana com carbureto de cálcio deve ser regulamentado – alerta agrónomo

Segundo o agrónomo e professor da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), Francisco Silva, o amadurecimento artificial da fruta  sem o conhecimento técnico pode transformar-se num problema de saúde pública.

“O amadurecimento de frutas e vegetais é um processo que há muito tempo é utilizado e mostra muitas vantagens comerciais. De todo o modo, conhecer as transformações que ocorrem nos frutos quando submetidos a factos exógenos é essencial para garantir a qualidade da fruta e otimizar a sua vida pós-colheita. Isso quando o processo tecnológico é utilizado como deve ser”, começa por explicar o especialista.

Em causa está a utilização do carbureto de cálcio (CaC2) no processo de amadurecimento artificial da banana. 

Regular

Segundo relatos, o produto causa um sabor amargo na fruta quando utilizado em excesso. Por conseguinte o professor da Uni-CV, defende ser a altura de se regulamentar o processo.

“Quando essa técnica é bem utilizada traz vantagens tanto para o produtor, o comercializador, como o consumidor final desse produto e sem nenhum risco para a saúde pública”, avança, alertando contudo que, “claro que quando o processo é mal feito, e não é respeitada a dose correta pode trazer consequências indesejadas para a saúde. A meu ver, é algo que precisa ser regulamentado e investigado”, advoga Francisco Silva.

Rabidantes confirmam prática

O carbureto de cálcio é uma substância que em contacto com a humidade do ar liberta o gás acetileno (C2H2) que atua como o etileno (C2H4) naturalmente produzido pelas frutas no processo de amadurecimento.

Segundo os especialistas, o problema reside quando o processo é utilizado pelos comerciantes depois da compra, para acelerar o amadurecimento das bananas e para vendar maiores quantidades dessa fruta. Prática confirmada pelas “rabidantes” do Platô.

Segundo empresários do ramo, o Ministério da Agricultura, o Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento Agrário (INIDA), a Inspeção-Geral das Atividades Económicas (IGAE) e a Entidade Reguladora Independente da Saúde (ERIS) já têm o conhecimento do caso que, para além de danos económicos, levanta questões ao nível da saúde pública.

C/RCV

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