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Economia

Eunice Mascarenhas, candidata à CCS: “Mais acção e menos conversa”

A empresária Eunice Mascarenhas encabeça uma das duas listas, na corrida à liderança da Câmara de Comércio de Sotavento, nas eleições desta sexta-feira, 10. Esta é a primeira vez, na história dessa agremiação, em que uma mulher se candidata ao cargo. Entende que “a hora é de acção e menos conversa”.

Eunice Mascarenhas explica que a motivação por detrás da sua candidatura está o facto de “acreditar que, com mais acção e menos conversa, é possível fazer mais e melhor”.

A sua candidatura diz acreditar “na importância primordial que as empresas, como motor da economia e principal empregadora, têm na sociedade actual” e que, nesse sentido, “é altura de se trabalhar com coragem para a mudança do paradigma, com uma distribuição mais equitativa da riqueza que Sotavento produz”.

E, neste quadro, é fundamental “aproximar a CCS de todos os associados” e transforma-a a Câmara numa “segunda casa para qualquer empresário, trabalhando afincadamente para salvaguardar o interesse dos nossos associados em Sotavento”.

Questionada sobre as medidas que pretende implementar, caso for eleita, a empresária diz que a base desta candidatura assenta no slogan “Renovar para Inovar, agregar e multiplicar”.

“Temos que inovar na forma como somos tratados. Temos que criar uma marca, de forma que as instituições públicas nos respeitem mais, porque somos o coração e o pulmão do país”, defende.

Outro foco, avança, é trabalhar outras valências que “não estejam agregadas à agenda governamental”, porque “não somos políticos”. A sua equipa, garante, “irá focar-se no trabalho junto dos associados, sem bazofarias, sem superioridade, sem pretensão de tudo saber ou resolver, sem descorar ou menosprezar o que já se fez até agora”, porque, como defende também, “os sócios têm que sentir que não se encontram sós”.

Para o efeito, pretende desenvolver cinco eixos para traçar um plano estratégico. Sendo o primeiro, o Fortalecimento Institucional, ou seja, “inovar no tratamento que se tem dado aos empresários e às nossas empresas, primeiro dentro da CCS e, depois para os serviços públicos”. O segundo eixo, é o Financiamento, o terceiro, a Inovação, nos “transportes e agronegócios”, o quarto a Internacionalização e o quinto a Responsabilidade social.

Financiamento
O financiamento, lembra esta concorrente, é uma das grandes preocupações do sector empresarial. “É recorrente ouvirmos dizer que existe dinheiro e não existem projetos. Se assim é, vamos trabalhar neste grande constrangimento, de forma que, no final do nosso mandato, 50% dos associados tenham tido acesso ao financiamento do Maio à Brava”.

Paralelamente, a empresária revela que pretendem criar condições para a criação, em parceria público-privada, com o Governo e as instituições financeiras, de um banco de fomento empresarial, para apoiar o desenvolvimento de empresas, criadas e geridas por jovens e mulheres.

Por outro lado, destaca é preciso ver “questões actuais aduaneiras” e a possibilidade de regulação dos preços dos fretes internacionais, uma situação conjuntural, em que o desafio é “inovar, criando outras formas criativas para atenuar esse impacto nas empresas, logo, nas famílias”.
União

Igualmente, pretende dialogar com o Banco Central, em como “ajudar” a melhorar o ambiente de negócios, com a diminuição das taxas de juros. “Não é admissível, não é sustentável as taxas de juros cobradas”, condena.

Outra das preocupações a driblar são os transportes marítimos, sector que considera “em retrocesso”. “Temos que perceber o porquê desse retrocesso enorme, quando antes da independência havia mobilização e circulação de pessoas para a África e Américas e, hoje, em pleno seculo XXI, não conseguimos chegar à Brava. Temos que inovar na procura de soluções e de parceiros”.

Aqui, Eunice Mascarenhas defende a necessidade de um “pacto empresarial”, e não político, com vista a um “consenso nacional”. Só assim, diz, “as ilhas de Sotavento vão poder agregar para depois multiplicar”.
Sendo assim, ela e a sua equipa pretendem trabalhar com a sua congénere de Barlavento, para juntas encontrarem “soluções apartidárias”, para “o bem” das duas regiões. “Pois, a sociedade está desgastada com a retórica política”.

Os empresários, apesar de cansados e desesperançados, devem permanecer unidos e informados. “Não devem ter medo de participar, de opinar ou propor. Vamos devolver a esperança e confiança para enfrentarmos, juntos, os novos desafios para o ‘novo normal’ dos empresários”, apela.

Publicada na edição semanal do jornal A NAÇÃO, nº 744, de 02 de Dezembro de 2021

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