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Sociedade

ICIEG pede “pulso firme” e “acção concreta” perante actos criminosos de violação e homicídios

O ICIEG pede “pulso firme” perante actos criminosos de violações e homicídios que se têm registado no país. Esse instituto reage assim aos “actos criminosos” que vitimaram a adolescente Eliane, de 13 anos, e um homem, ambos no Sal, este último assassinado pela companheira e, ainda, ao assassinato de uma mulher, esta manhã, na ilha do Fogo, morta a tiro pelo marido, um agente da PN.

O Instituto Cabo-verdiano e Igualdade do Genéro (ICIEG), numa nota enviada pela própria presidente, Marisa Carvalho, diz estar “à disposição” das famílias “em tudo aquilo que for considerado necessário”, e alerta que, neste momento de “profunda” consternação, “mais do que declarações, exige de todos, medidas e ações concretas e pulso firme que permita agir em conformidade com a gravidade dos actos cometidos”.

Segundo a mesma fonte, o feminicídio nos Mosteiros, aconteceu numa altura em que o instituto, esteve, durante esta última semana, com uma equipa na ilha do Fogo, promovendo conversas abertas nas escolas secundárias de São Filipe, Cova Figueira e Mosteiros, onde foram abordados temas como a violência nonamoro, a violência baseada no género, masculinidades positivas e ainda gravidez na adolescência, no âmbito da Campanha “Adolesénsia Primeru, Gravidês depôs”.

No âmbito desta iniciativa, o ICIEG diz que já alcançou já 600 estudantes, acreditando que a escola, junto com as famílias, têm o papel “essencial para a mudança de atitudes e desnaturalização” da violência no seio da sociedade cabo-verdiana

“A deslocação ao terreno permitiu ainda estreitar laços com os parceiros locais, nomeadamente o Ministério da Educação, as associações locais, Câmaras Municipais e Polícia Nacional”.

Equipa no Sal

De acordo com essa fonte, está já prevista a deslocação, “esta semana que se inicia”, de uma equipa do ICIEG à ilha do Sal, onde para além do acompanhamento detalhado dos casos ocorridos, estão previstas reuniões de trabalho com os parceiros locais, “por forma a se traçarem medidas concertadas e concretas de atuação no
terreno”.

O ICIEG defende que é preciso que se “intensifique” a ação preventiva junto das comunidades, e o trabalho no terreno, principalmente nas escolas. Nesse sentido, avança que já está a preparar um plano de ação, tal como previsto no seu Plano Nacional de Igualdade de Género, aprovado a 18 de novembro de 2021.

“Há, ainda, que reforçar as parcerias com as associações locais e, também nesse sentido, está prevista a subsidiação das organizações da sociedade civil que trabalham a questão do género, para a implementação de projetos comunitários”.

Paralelamente, esse instituto afirma que, juntamente com a tutela, “estão a ser desenvolvidos os devidos esforços para o reforço dos serviços de apoio à vítima, assim como uma abordagem multidisciplinar às situações de vulnerabilidade, desenvolvendo-se um trabalho específico com as mulheres, mas também com os homens, reconhecendo-se a complementaridade e complexidade do tema.

Para que seja possível dar um “basta” neste flagelo “que está a assolar a nossa sociedade”, o ICIEG apela a toda a sociedade cabo-verdiana, sector público e privado, organizações da sociedade civil, igrejas e famílias que se unam, trabalhando em conjunto.

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