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Economia

Publireportagem: “Se o cenário de terror cibernético que vivemos em Portugal for replicado em Cabo Verde, terá um impacto desastroso” – Bruno Castro VisonWare

Com uma presença sólida no país há 15 anos, a VisionWare é hoje uma referência em matéria de segurança de informação em Cabo Verde. Com uma carteira de clientes diversificada entre o sector público e privado, Bruno Castro, presidente do conselho de administração da empresa, encontra-se na Praia para reforçar o acompanhamento aos clientes, especialmente num contexto de ciberataques que se têm registado em Portugal e os quais acredita que podem vir a ser replicados em Cabo Verde. Por isso, mais do que nunca, alerta para a necessidade de protecção das empresas e do Estado.

Desde quando é que a VisionWare está no mercado de Cabo Verde?

A VisionWare está presente em Cabo Verde desde 2007, sendo aqui o centro de operações da empresa para o mercado Africano e Médio Oriente. Como tal, a nossa vinda a Cabo Verde, é uma realidade constante.

Podemos assumir que, neste caso, em concreto, e para além do trabalho de gestão a desenvolver junto dos nossos clientes, existe uma intenção de abordar as medidas preventivas de segurança a desenvolver, face ao cenário de ciberataque “quase generalizado”, que está atualmente a ocorrer em Portugal. 

Então, o foco da sua vinda a Cabo Verde, passa precisamente por reforçar esse acompanhamento?

Tendo a VisionWare uma presença contínua em Cabo Verde há mais de 15 anos onde atua nas principais referências empresariais – públicas e privadas – da região e, especificamente, no setor da segurança de informação, esta deslocação a Cabo Verde faz parte integrante do nosso modelo de acompanhamento dos clientes, tendo esta ação sido interrompida desde março de 2020, na sequência da pandemia Covid-19.

Neste momento, estamos a recuperar esse contacto físico e a efetuar uma abordagem relativa às novas necessidades e preocupações dos nossos clientes em matéria de segurança, compliance e avaliação de incidentes informáticos e suas respetivas ações preventivas. A minha vinda é de certa forma, em formato urgente, dada a necessidade de apoiar os nossos clientes a se prepararem para um potencial cenário de ciberataque idêntico ao que tem acontecido em Portugal.

Acha que isso é possível? Cabo Verde também pode vir a sofrer ciberataques, do mesmo nível? Quais os desafios do país neste campo?

O cenário de terror cibernético que temos estado a viver em Portugal, leva-me a ponderar a possibilidade de ser replicado em Cabo Verde a curto prazo, onde receio que teria um impacto desastroso para o País. Essa é uma das minhas atuais preocupações e desafios para Cabo Verde.

Apesar de existirem várias organizações cabo-verdianas que se têm vindo a preparar para o tema, continua ainda a persistir uma percentagem significativa de entidades, que ainda não endereçaram os desafios e exigências da segurança, com a importância que esta merece.

Projectos

Que projectos têm atualmente em Cabo Verde?

Temos clientes na Administração Central, Administração Pública, Farmacêutica, Banca & Seguros, Fuel & Gas, Autoridade, entre outros. Por norma, somos o parceiro de confiança da camada de administração das Organizações, no papel de conselheiro, no que respeita ao tema da segurança.

Entre os projetos mais relevantes destacam-se a implementação de modelos de governance de segurança em consonância com a realização de ações de avaliação e stress das infraestruturas de segurança através de auditorias – apoiado com ações de consultoria, com vista ao exercício e implementação de boas práticas e através de uma maior cultura e maturidade digital por parte dos clientes.

Que balanço faz do vosso trabalho no país?

Após a nossa história em Cabo Verde, posso acrescentar que já nos sentimos também um pouco “cabo-verdianos”. Existe uma relação de amizade profunda e estreita cooperação com Cabo Verde, marcada pela “morabeza” com que sempre fomos recebidos, e, também, por tudo o que temos vindo a aprender com este país. A VisionWare não tem mais nenhuma geografia com este tipo de relação.

Já avaliámos o nível de segurança de mais de 30 organizações em Cabo Verde nos últimos 15 anos, tendo passado, pela maioria dos setores empresariais estratégicos do País. Somamos mais de 20 clientes, em formato de colaboração continuada, e alguns deles colaboram em estreita relação de parceria connosco há mais de 10 anos.
 
Quais os vossos projectos para o futuro no país?

A VisionWare continua em franco crescimento, atuando em diversos setores da segurança e intelligence, e portanto, esse será o nosso principal objetivo para os próximos 2 anos. Ou seja, a estruturação do maior nível de serviços especializados na disciplina de segurança.

Este ano, e pelo que tem vindo a ocorrer mundialmente, a VisionWare abriu (sem restrições) o seu serviço de Security Operation Center (SOC) ao mercado.

Este serviço tem como objetivo implementar uma “guarda inteligente”, com total abrangência, em modelo permanente (24 horas por 7 dias) à totalidade da infraestrutura tecnológica e aplicacional da organização.

Temos tido a inclusão de imensos clientes no nosso SOC, inclusive organizações de Cabo Verde. E porque acreditamos no valor intelectual do tecido jovem cabo-verdiano, a VisionWare irá abrir um processo de recrutamento alargado à procura de novos colaboradores de nacionalidade cabo-verdiana para integrarem os nossos quadros a título imediato.

Será o reconhecimento da VisionWare da capacitação intelectual e de conhecimento desta nova geração de jovens cabo-verdianos. Estou convicto que este reforço será uma mais-valia para a VisionWare a curto/médio prazo. Queremos que Cabo Verde se transforme no nosso melhor case study/caso de sucesso no que se refere às boas práticas em segurança da informação e maturidade digital.

Publicada na edição semanal do jornal A NAÇÃO, nº 756, de 24 de Fevereiro de 2022

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