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Cultura

“Carnaval de protesto” leva multidão às ruas do Mindelo

Uma multidão de pessoas saiu às ruas, em Mindelo, na noite de terça-feira de Carnaval, para protestar contra aquilo que entendem ser uma discriminação da ilha, por parte das autoridades, no que toca às festividades de carnaval.

Ao som de batucada, os mindelenses apontaram o dedo à Delegacia de Saúde e demais autoridades locais, alegando terem sido proibidos de fazer qualquer actividade de Carnaval – o que é “compreensível”, mas injusto e discriminatório, quando, em outras partes do país, as pessoas estavam em festa.

“A Delegacia de Saúde e demais autoridades locais têm sido muito duras com a população de São Vicente. Cabo Verde inteiro está em situação de calamidade, o que determina que não podem haver eventos. Entretanto, em outras ilhas, estão a acontecer eventos, enquanto que em São Vicente não”, fundamentou João Brito “Boss”, promotor da manifestação.

“Nós aceitamos tranquilamente que não houvesse Carnaval, sabendo da situação de pandemia. Mas, se estão a permitir em outros lugares, a lei é para todos”, acrescentou João Brito.

A concentração teve lugar na Praça Dom Luís, para depois partir, ao som de música de Carnaval, em direção à Rua de Lisboa, para depois fazer todo o percurso normal dos desfiles oficiais de Carnaval.

João Brito revelou-se satisfeito pela resposta positiva da população da ilha, que se juntou à manifestação, provocando uma verdadeira enchente nas ruas de Mindelo.

As autoridades, que, segundo Boss, não aceitaram receber o aviso de manifestação, também não compareceram no evento, nomeadamente a Polícia Nacional, o que, para o promotor, foi sinal de uma grande irresponsabilidade.

De frisar que, na terça-feira, 1 de Março, fonte da Delegacia de Saúde negou, ao MindelInsite, que a autoridade tenha proibido actividades, alegando ter, tão somente, emitido uma carta de recomendação a lembrar os operadores sobre a resolução que proíbe as festividades de Carnaval, com uma abordagem educativa e pedagógica. 

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