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Guerra na Europa: Ucrânia confirma tomada Russa da Cidade de Kherson

Imagem: jn

Oitavo dia de Guerra. Autoridades Ucranianas confirmaram, esta quinta-feira, 3, a tomada da Cidade Portuária de Kherson, no Sul do País, por parte de Tropas Russas, uma Captura que a Rússia tinha anunciado na manhã de quarta-feira.

Kherson, com cerca de 290 mil habitantes – descreve  o portal jn.pt -, é o maior Centro Urbano capturado pelas Forças Russas, desde que a Invasão começou, em 24 de Fevereiro – portanto, há precisamente uma semana.

O chefe da Administração Regional de Kherson, Gennadi Lakhouta, pediu aos moradores, através da plataforma “Telegram”, que fiquem em casa, indicando que “os Ocupantes estão em todas as partes da Cidade e são muito perigosos”.

Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal da Cidade, Igor Kolykhaiev, anunciou que se havia reunido com Tropas Russas, num Prédio da Administração de Kherson.
“Não tínhamos Armas e não fomos agressivos. Mostramos que estamos a trabalhar para proteger a Cidade e a tentar lidar com as consequências da Invasão”, revelou Kolykhaiev, numa publicação na Rede Social “Facebook”.

“Estamos a ter enormes dificuldades com a  recolha de corpos e enterros, entrega de alimentos e remédios, recolha de lixo, gestão de acidentes, etc, etc,”, acrescentou Kolykhaiev.
O responsável assegurou, também, que “não fez promessas” aos Russos e “simplesmente pediu para não disparar contra as pessoas” e para que seja permitido a recolha dos corpos, que se encontram nas ruas de Kherson.

O gabinete do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse à agência de notícias Associated Press que não iria comentar a situação em Kherson enquanto os combates ainda decorrerem.
Reacção de Moscovo

O porta-voz do Ministério da Defesa Russo, Igor Konashenkov, confirmou que Kherson está sob “controlo total” dos Militares Russos.

O porta-voz disse que a Infra-Estrutura Civil da Cidade, instalações essenciais e Transporte estão a funcionar com normalidade e que não há escassez de alimentos e de outros bens essenciais.
A Rússia lançou, na madrugada de 24 de Fevereiro, uma Ofensiva Militar com três Frentes na Ucrânia, com Forças Terrestres e Bombardeamentos, em várias cidades.

As Autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de dois mil civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU )Organização das Nações Unidas), os Ataques já provocaram mais de cem mil deslocados, e, pelo menos, 836 mil Refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente Russo, Vladimir Putin, justificou a “Operação Militar Especial” na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o País Vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a Ofensiva durará o tempo necessário.

O Ataque já foi condenado pela (quase) generalidade da Comunidade Internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de Armas e Munições para a Ucrânia e o Reforço de Sanções Económicas, para isolar, ainda mais, Moscovo.

Negociações
Uma nova reunião entre Rússia e Ucrânia, para negociar o Cessar-Fogo, deve acontecer nesta quinta-feira, 3.

O local da Reunião não foi divulgado, mas a Imprensa Russa garante protecção da Delegação Ucraniana até ao sítio da Negociação.

A nível Global, a expectativa é que as Autoridades Russas e Ucranianas obtenham um Cessar-Fogo, para o bem das indefesas populações.

ONU exige fim da Ofensiva

A Assembleia-Geral da ONU exige que a Rússia pare a sua Ofensiva na Ucrânia e retire todas as Tropas do País.

A Declaração de quarta-feira, 2, que “não é Juridicamente Vinculativa”, como as tomadas pelo Conselho de Segurança, foi aprovada com 141 votos a favor, cinco contra e 35 abstenções, entre elas as de Angola, Cabo Verde e Moçambique.

De acordo com as regras destas Sessões de Emergência, uma Resolução precisa do apoio de dois terços dos Países que votam para ser aprovada, as abstenções não contam. Tratou-se da primeira Sessão de Emergência, convocada desde 1997.

Para o Secretário-Geral das Nações Unidas, o português António Guterres, é obrigatório parar o Conflito.  Guterres remarcou que a Mensagem que sai desta Assembleia-Geral é “clara e inequívoca”.

“Acabem com as Hostilidades na Ucrânia já, silenciem as armas já, abram a Porta ao Diálogo e à Diplomacia já. A Integridade Territorial e a Soberania da Ucrânia devem ser respeitadas, de acordo com a Carta das Nações Unidas. Não temos um momento a perder. Os efeitos brutais deste Conflito são evidentes. Mas por muito má que a Situação seja para o Povo Ucraniano neste momento, a ameaça pode piorar muito, muito mais”, realça António Guterres.

A Rússia obteve apoio apenas da Bielorússia, Síria, Coreia do Norte e Eritreia o que, para quem defende esta Resolução, é um sinal de que Vladimir Putin está cada vez mais isolado.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas tinha procurado condenar a Invasão, mas o Veto da Rússia fez cair por a tentativa.

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