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Guerra: Zelensky exige à Rússia “Restauração da Integridade Territorial” da Ucrânia

Imagem: Urkgate

Vigésimo segundo Dia de Guerra. O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reitera que o País vai continuar a exigir a “Restauração da Integridade Territorial” nas Negociações “em curso” com a Rússia.

“As minhas prioridades nas Negociações são absolutamente claras: fim da Guerra, garantias de Segurança, Soberania, Restauração da Integridade Territorial”, reafirma Zelensky, num Comunicado publicado na Página Oficial da Presidência Ucraniana, na quarta-feira à noite – citada pelo portal jn.pt -, reportando a mais um Encontro havido, nesse dia, entre as Delegações Ucranianas e Russas, que voltaram a conversar por vídeo-conferência.

Mikhailo Podolyak, assessor de Zelensky, disse que a Ucrânia exigiu um Cessar-Fogo, a Retirada das Tropas Russas e garantias legais de Segurança para a Ucrânia.

“Isso só é possível através do Diálogo Directo” entre Zelensky e o Presidente russo, Vladimir Putin, disse Podolyak, na Rede Social “Twitter”, remarcando que o principal assunto em discussão era se as Tropas Russas iam permanecer em Regiões Separatistas, no Leste da Ucrânia, depois do fim da Guerra, e onde seriam as Fronteiras.

Antes da Invasão (a 24 de Fevereiro), Putin reconheceu a Independência de duas Regiões controladas por Separatistas, apoiados pelo Kremlim, desde 2014.

A Rússia defende, ainda, que as duas Repúblicas incluem áreas que a Ucrânia continua a controlar, incluindo Mariupol, uma Cidade Portuária agora sitiada por Tropas Russas.

Resultados

A Ucrânia e a Rússia fizeram “avanços significativos” nas Negociações de um Acordo de Paz, realizadas quarta-feira, por vídeo-conferência, que inclui um “Compromisso de Neutralidade Futura”, por parte do Governo Ucraniano, em troca de Garantias de Segurança Internacionais e a Retirada das Tropas Russas de todos os Territórios Ocupados, desde o início da invasão.

De acordo com o “Financial Times” – que cita três fontes envolvidas nas Negociações -, os enviados dos dois lados estão, desde segunda-feira, 14, a discutir um Plano de Paz Concreto, de 15 pontos, que prevê a “Renúncia Expressa” da Ucrânia a uma futura Adesão à NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte), em troca de “Garantias de Segurança de Países Aliados como os EUA (Estados Unidos da América), Reino Unido e Turquia.

No marco desse “Futuro Estatuto de Neutralidade”, a Ucrânia poderia manter um Exército Próprio, embora limitado, mas não poderia acolher Bases ou Material Militar de outros Países.

Em troca, a Rússia compromete-se a “Cessar as Hostilidades” e a retirar as suas tropas de todos os Territórios Ucranianos Ocupados, desde o começo da Invasão.

“Estamos muito perto de um Acordo sobre os Termos Específicos de um Acordo”, anunciou, quarta-feira, o Miniustro dos Negócios Estrangeiros Russo, Sergei Lavrov, horas depois de o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, ter confirmado que as as partes estavam a discutir um Estatuto de Neutralidade, “semelhante ao da Áustria ou da Suécia” para a Ucrânia.

Mais prudente, o conselheiro Presidencial Ucraniano, Mykhailo Podolyak, confirma os avanços nas Negociações, fruto de uma postura “mais realista” da Rússia.

Enquanto isso, seis Países –  Estados Unidos, Reino Unido, Albânia, França, Noruega e Irlanda -,  convocaram para esta quinta-feira, 17, mais uma Reunião de Emergência do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas),  motivada pela deterioração da Situação Humanitária na Ucrânia. 

Lembrete

O Conflito na Ucrânia começou no passado dia 24 de Fevereiro, após o Presidente Russo, Vladimir Putin, autorizar a Entrada de Tropas naquele País do Leste Europeu.

A Invasão culminou com ataques por ar, mar e terra, com diversas Cidades bombardeadas, inclusive a Capital Kiev.

É “a Maior Operação Militar” dentro de um País Europeu, desde a Segunda Guerra Mundial, entre 1939 a 1945.
A Ofensiva Russa provocou Clamor Internacional, com Reuniões de Emergência realizadas e previstas em vários Países, e pronunciamentos de diversos Líderes espalhados pelo Mundo, condenando o Ataque Russo à Ucrânia.

Em razão da Invasão, países como EUA, Reino Unido e o Bloco da União Europeia anunciaram Sanções Económicas contra a Rússia.
A Invasão ocorreu dois dias após o Governo Russo reconhecer a Independência de dois Territórios Separatistas, no Leste da Ucrânia – as Províncias de Donetsk e Luhansk. Com os ataques, Putin pretende alcançar uma desmilitarização e a eliminação dos “Nazistas”.

Outros motivos de Putin pela Invasão na Ucrânia dão-se pela aproximação do País ao Ocidente, com a possibilidade de fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte – Aliança Militar Internacional -, e da União Europeia, além da ambição de expandir o Território Russo, para aumentar o Poder de Influência na Região.

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