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Economia

Presidente da ATS espera que medidas sejam favoráveis para a retoma da actividade empresarial

O Presidente da Associação de Turismo de Santiago disse hoje, ao  A NAÇÃO online, que espera que o Governo consiga os equilíbrios necessários e que as medidas que vão ser anunciadas sejam, de facto, favoráveis para que as empresas possam retomar as suas actividades.

Eugénio Inocêncio respondia assim quando questionado sobre as expectativas da classe empresarial e turística, quanto às medidas que o governo vai anunciar, possivelmente, ainda esta semana, para fazer face à escalada de preços no mercado.

“Se olharmos para outros países, nos mercados que nos são mais próximos, em termos de emissores de turistas, acredito que muito provavelmente o governo vai seguir esse modelo”, previu.

Confrontado com a posição da bancada parlamentar do PAICV, que sugere a redução do IVA para o turismo, Eugénio Inocêncio disse esperar que se concretize, mas frisou, por outro lado, que os investimentos do Governo pressupõem receitas.

“As receitas provêm, nomeadamente, e especialmente, das receitas fiscais e a saúde das finanças depende disso. Respeitando esses equilíbrios, espero que as medidas sejam, de facto, favoráveis, para que as empresas possam retomar a atividade e garantir o crescimento da economia, garantir os empregos. Sem empresas não há crescimento da economia e não há empregos”, indicou.

Seja como for, espera que esse equilíbrio seja conseguido em forte articulação com as associações empresariais.

Santuário sanitário

Sobre a retoma do sector, Eugénio Inocêncio considera que a médio e longo prazo Cabo Verde sairá a ganhar.

“Com a pandemia, mostramos que somos um país que pode criar as condições de ter um santuário, do ponto de vista sanitário. Temos as condições profissionais e técnicas, capacidade de planeamento e de execução, que garante que Cabo Verde, de facto, tem condições para ser, quer num curto, quer num médio e longo prazos, um santuário de segurança sanitária, o que é muito importante”, perspectivou.

A forma como Cabo Verde encarou a pandemia, segundo disse, está a ter reflexos lá fora, tendo por base contactos que tem recebido recentemente.

“Aumentam os contactos com Cabo Verde, os operadores internacionais sabem isso, reconhecem, e percebem que é possível investir com segurança em Cabo Verde. E, para além do Sal e da Boa Vista, nas outras ilhas, nomeadamente em Santiago”, garantiu.

Contudo, diz que é preciso trabalhar, “fazer diferente do que tínhamos estado a fazer até aqui”, num quadro de articulação entre os sectores público e privado.

Ainda, dentro do sector público, conforme disse, é preciso uma maior articulação entre os vários ministérios.

Quanto ao privados, recomenda adotar os mesmos critérios de articulação, nomeadamente o associativismo e a cooperação empresarial

“Nós, cabo-verdianos, não estamos habituados a cooperar. Cada um pensa que sozinho consegue resolver os problemas e isso é falso. É preciso estarmos juntos, cooperar e saber aproveitar as oportunidades, criando condições para que elas sejam aproveitáveis”, terminou.

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