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Política

Damião Medida acusa presidente da Câmara do Porto Novo de “tentativa de assalto” à liderança do MpD

O deputado nacional Damião Medina, e candidato à sua própria sucessão, na presidência da Comissão Política Concelhia (CPC), em Porto Novo, Santo Antão, acusa o presidente da Câmara do Porto Novo, Aníbal Fonseca, e parte dos vereadores, de tentativa de assalto à liderança do MpD, naquele concelho. Damião Medina denuncia a “intromissão ilegal” de Aníbal Fonseca nas eleições de 03 de abril e pede o adiamento da data da eleição.

Ao que parece, a recandidatura de Damião Medina à liderança da CPR do MpD, no Porto Novo, não têm sido bem aceite pelos colegas de partido, após ter sido condenado pelo crime de VBG de que era acusado.

É neste sentido que Damião Medina vem a público, através de uma carta aberta, denunciar a “ingerência e intromissão ilegal” do presidente da Câmara Municipal do Porto Novo, Aníbal Fonseca, e parte dos vereadores na eleição de 3 de abril. 

“Venho por meio desta carta aberta denunciar firmemente, veemente e de forma muito responsável, a ingerência e intromissão ilegal do Sr. Presidente da Câmara Municipal, o Dr. Aníbal Fonseca, e parte da sua equipa de Vereadores nesta eleição. Atores com responsabilidades acrescidas dentro do sistema MpD e na governação local, tiveram a ousadia e postura deselegante e desonesta de intrometer e imiscuir de forma direta, ilegal e exagerada, na gestão desse dossier, sujando e desvirtuando esta eleição”, denuncia Medina.

“Assalto ao MpD no Porto Novo”

Damião Medina diz se tratar de um “assalto à liderança” do MpD em Porto Novo e de uma tentativa da própria câmara municipal de gerenciar o partido no município, através de uma estratégia de conspiração contra à sua pessoa.

“Para meu espanto fiquei a saber que, de forma sigilosa e conspiradora, o Sr. Presidente, e parte da sua equipa camarária, estariam em concertações, no sentido de assaltarem a Comissão Política Concelhia, numa espécie de golpe sobretudo à minha pessoa em particular… Certo que, se nota é uma tentativa clara do partido ser gerido directamente pela Câmara Municipal e seu Presidente, ditando regras em como o partido deve funcionar, satisfazendo se calhar fins obscuros, que não os interesses que o partido ambiciona”, repudia Damião Medina que diz ainda ser humilhado e destratado em público pelo Aníbal Fonseca.

“Candidatura fantasma”

O nome da professora e deputada municipal, Carlita Santos, surge, entretanto, como candidata à CPC do Porto Novo, “faltando duas semanas para a apresentação formal das candidaturas”, como escreve Damião Medina, que acusou Aníbal Fonseca de promover candidaturas fantasmas, numa tentativa de assumir o poder do partido.

“Esta candidata só foi conseguida depois de andar por todo o lado em aflição com ‘cafuca’ em mãos. Ela nunca teve ambição de se candidatar. Não tem projeto de gestão do partido e não se sabe por que carga de água ela aparece como Candidata. Aliás, ela ainda pertence à minha Comissão Política e ela própria numa reunião que tivemos de balanço final, no mês de fevereiro último, ela teceu rasgados elogios ao trabalho que temos feito”, explica Damião, alegando ser uma estratégia de Aníbal Fonseca para assaltar o partido em Porto Novo.

Para Damião Medina, o partido tem estado a fazer uma trajectória “muito boa” no concelho e entende que não havia necessidade de todas essas agitações internas. 

Toda esta polêmica levou Damião Medina a tecer críticas à Câmara Municipal do Porto Novo e seus dirigentes que, como diz, “em vez de estarem preocupados em resolver os problemas do concelho e honrar os compromissos assumidos com a população nas campanhas eleitorais, decidem focar na ingerência e intromissão desmedida no processo eleitoral interno do partido”. Damião Medina diz que, nestes casos, o bom senso manda que a Câmara Municipal fique equidistante das candidaturas.

Adiamento eleição 

Para este candidato à liderança da CPC, não há condições para a realização da eleição a 3 de abril e pede que a data seja adiada, a fim de se convocar uma Assembleia de Militantes, com a presença de qualquer dirigente nacional do MpD para de discutir e criar as “bases de entendimento” sobre a lisura e trâmites legais desse processo eleitoral e, anunciar uma nova data para a realização da eleição em Porto Novo.

A NAÇÃO está a tentar chegar à fala com o autarca de Porto Novo e conta trazer as suas reacções assim que possível.

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