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Diáspora

Cabo-verdiano Jay Querido deixa Reino Unido para liderar equipa de investigação nos EUA

O cientista cabo-verdiano Jay Brito Querido anunciou que vai deixar o Reino Unido para trabalhar como professor na Faculdade de Medicina da Universidade do Michigan, nos EUA, e liderar uma equipa de investigação científica, numa posição conjunta como Investigador Principal, no centro de excelência Life Sciences Institute. O mesmo está a contratar para o seu laboratório, denominado Brito Querido Lab.

Em uma publicação na sua página do Facebook, o mesmo anunciou que irá igualmente integrar o Center for RNA Biomedicine e o Rogel Cancer Center.

O cientista agradeceu às instituições pela oferta de um financiamento “extremamente generoso” de sete dígitos, o que vai permitir equipar o laboratório e contratar os investigadores que irão fazer parte do Brito Querido Lab. 

Nova geração de líderes

Segundo disse, para além do prestígio, o programa da Universidade do Michigan ajuda a recrutar e financiar investigadores com um currículo de mérito excecional, com o propósito de criar uma nova geração de líderes em investigação nas ciências biomédicas.

O Center for RNA Biomedicine é o maior centro para o estudo do RNA nos EUA, e, provavelmente, o maior do mundo.

Por outro lado, a Universidade do Michigan é, recorrentemente, apontada como uma das 20 universidades mais reputadas do mundo.

“Enquanto Professor e Investigador Principal, tudo farei para não defraudar as expectativas daqueles que nos procuram”, garantiu.

Contributo científico

“A descodificação do mRNA é essencial para a vida. A sua desregulação está associada a um grande número de doenças. No Brito Querido Lab, iremos tentar compreender como é que as helicases de RNA regulam a descodificação do mRNA durante as primeiras fases de desenvolvimento do cérebro humano, bem como no desenvolvimento de algumas doenças, como o cancro e doenças neurológicas”, explicou.

Segundo o cientista, anomalias na descodificação do mRNA estão associadas ao desenvolvimento de mais de 50 doenças neurológicas, pelo que, num projeto conjunto com o Todd Lab (médico neurologista e Professor Catedrático na Faculdade de Medicina da Universidade do Michigan) irá “tentar compreender os mecanismos moleculares que estão por detrás do desenvolvimento dessas doenças, com particular interesse no desenvolvimento da esclerose lateral amiotrófica (ELA) e da demência frontotemporal (a segunda forma mais comum de demência depois da doença de Alzheimer)”.

Brito Querido Lab está a contratar

Para o seu laboratório, Brito Querido vai contratar investigadores pós-doutorados, um gerente de laboratório e investigadores doutorados.

Os candidatos devem ter doutoramento (PhD ou equivalente) em Biologia Molecular, Bioquímica, Neurologia, Medicina ou áreas relacionadas.

Candidatos com experiência significativa na Biologia Estrutural ou Neurologia (cerebral organoids) são “fortemente encorajados” a se candidatar.

“Candidatos que tencionam vir a integrar a minha equipa para a obtenção do PhD são fortemente encorajados a contactar-me em qualquer fase durante o processo de candidatura”, anuncia.

Os candidatos admitidos serão financiados pelo programa doutoral ou pela própria equipa de investigação.     

Para o cargo de gerente de laboratório, os candidatos devem ter mestrado ou PhD.

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