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Cultura

Cidade Velha: Aos 71 anos “Domingo di Tareza” continua firme e forte na confecção de esteiras

Aos 71 anos, “Dimingo di Tareza”, natural de Ribeira Grande de Santiago, não dá o braço a torcer e continua firme e forte como um dos poucos produtores de esteiras, um utensílio de descanso (ou decoração) confeccionado a partir de talos e folhas de bananeira, com cordas sisal, que já foi muito utilizado em Cabo Verde, principalmente em Santiago.

Domingos Coelho Tavares, de 71 anos, de idade é um dos poucos produtores de esteira, um objeto que já foi muito utilizado em Cabo Verde, confeccionado a partir de talos, folhas de bananeira e cordas de sisal (karapati), que serve para descansar, fazer decoração de casas e arrumação de altar em cerimónias fúnebres, uma tradição mais frequente na ilha de Santiago.

“Dimingo di Tareza” como é conhecido na sua localidade, Calabaceira, Cidade Velha, aprendeu este ofício com o pai que era um grande produtor de esteiras no concelho de Ribeira Grande de Santiago.

Conforme contou no “Catálogo do Inventário do Património Cultural Imaterial do Concelho de Ribeira Grande de Santiago”, produzido pelo Instituto do Património Cultural, seguiu os caminhos do pai tendo começado a confeccionar esteiras aos 15 anos de idade.

Ossos do ofício

Com esta actividade, que faz da rotina de Domingos, não ser das mais fáceis, conseguiu o “pão de cada dia”, que sustentou e ajudou na educação dos seus filhos enquanto pai e chefe de família.

Isto, lembrando que, na altura, a produção de esteira era comum e a concorrência era maior entre os homens do campo. Mesmo assim, pelo bom trabalhador que é, lembra que as suas esteiras conquistam a clientela de todo o concelho de Ribeira Grande, e até da cidade da Praia.

Firme e forte na “tradição”

Hoje-em-dia, a confecção de esteiras é muito menos, pois com o passar do tempo, com as mudanças culturais e sociais, as novas tendências e incluindo novas tecnologias, este objecto tem caído, aos poucos, em desuso e a sua procura não tem a mesma frequência.

Mesmo assim, Domingo diz que este trabalho é “sem dúvidas” o que lhe dá mais gozo, continuando firme e forte na sua actividade, apesar de outros trabalhos com metais, nomeadamente confecção de facas, frigideiras, pá de lixo e muitos outros objetos.

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