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Cinema

“Paradise Land”: Um filme que mostra Cabo Verde ao Mundo

 

Mário Vaz, produtor e director-execuctivo do filme “Paradise Land”

“Paradise Land”, uma longa metragem de Mário Vaz, emigrante cabo-verdiano nos Estados Unidos da América (EUA), tem estreia marcada para Julho em Cabo Verde e Setembro na comunidade cabo-verdiana naquele país. O filme, que foi gravado um pouco por todas as ilhas, pretende “promover” a “morabeza” e projectar a marca “Cabo Verde” nos quatro cantos do globo.

Na sua passagem pelo país, uma vez mais, para recolher as últimas imagens, Mário Vaz, que também é produtor e director-execuctivo do filme, contou ao A NAÇÃO que a exibição de “Paradise Land”, tanto em Cabo Verde, como nos EUA, será antecedida de um grande espectáculo, com música, teatro, desfile de moda, dança, entre outras manifestações culturais.

A ideia, como diz, é apresentar a diversidade cultural cabo-verdiana que, conforme refere também, é forte, mas precisa ser “melhor promovida”, principalmente, no exterior.

Radicado há 38 anos nos EUA, formado em cinema pela “New England Institute of Technology”, de Rhode Island, e “Maine Media Workshops”, Mário Vaz resolveu assumir o desafio de produzir uma longa metragem para a qual contou com os seus cerca de 16 anos de experiência em produção, edição e direcção de actores, além de quatro anos de dedicação ao projecto.

“Cabo Verde é um paraíso”

“Paradise Land” conta a história de um cabo-verdiano, que emigrou para os EUA e, em 50 anos, nunca regressou ao país natal. “John” é proprietário de uma loja onde, entre outras ofertas e serviços, também vende cartões de lotaria.

Um jovem norte-americano, seu amigo, é um dia premiado com milhões de dólares. John desafia-o, então, a conhecer algo extraordinário, a “morabeza”.

O jovem norte-americano viaja a Cabo Verde e, nas suas andanças, conhece Rosita, na cidade da Praia, que lhe propõe um “tour” pelas ilhas a fim de conhecer a tal “morabeza” que o amigo tanto falava e admira.

No fim, regressa encantado para os EUA e convida um amigo, mexicano, para também conhecer Cabo Verde.

“Uma dor de cabeça saudável”

Agora que o filme está praticamente concluído, quase a ser estreado, Mário Vaz reconhece que realizar um trabalho de tamanha envergadura em Cabo Verde não foi fácil.

“Tem sido uma dor de cabeça enorme, mas uma dor de cabeça saudável”.

Para começar, o orçamento esteve sempre em constante mudança. Arrancou com 150 mil dólares (15 mil contos), valor este que acabou por ascender para os 210 mil dólares (20 mil contos) por causa de constrangimentos e contratempos que foram surgindo, como é normal no mundo do cinema, ainda por cima, cinema amador e de baixo custo.

“Até agora não pedi dinheiro a ninguém”, afirma.

Actores e equipa de apoio

Entre actores e equipa de apoio, cerca de 20 pessoas fizeram parte da realização deste projecto.

De entre elas, a modelo Goreth Tomar, a cantora e educadora infantil Dulce Sequeira, três elementos do grupo teatral “Juventude em Marcha” e a apresentadora de TV Morena Mendes.

Goreth Tomar, a actriz principal

Goreth Tomar, actriz principal de “Paradise Land

A cabo-verdiana Goreth Tomar é quem dá vida a Rosita, personagem de “Paradise Land”. Nasceu na ilha da Boa Vista e, aos 10 anos, emigrou para os EUA. É modelo, trabalha numa clínica oftalmológica e é mãe de três rapazes.

“Foi uma surpresa receber o convite do Mário para participar no filme. Nunca tinha feito nada assim”, afirma.

A actriz, que já esteve em Cabo Verde por quatro vezes, no âmbito deste projecto, disse que interpretar a personagem feminina de ‘Paradise Land’ foi um desafio, dado que nunca esteve envolvida em cinema. Mas, por ser um projecto bonito, para fazer o mundo conhecer Cabo Verde, aceitou o desafio.

“A experiência tem sido boa, por isso espero poder participar de outros projetos com finalidades semelhantes”, conclui.

 

Publicada na edição semanal do jornal A NAÇÃO, nº 774, de 30 de Junho de 2022

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