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Cultura

Gil Moreira satisfeito com a dinâmica e a luta para reerguer a cimboa

O investigador em cultura cabo-verdiana, Gil Moreira, que se encontra em Lisboa, Portugal, mostra-se satisfeito com a dinâmica e a luta para reerguer a cimboa, e torná-la um património sustentável de Cabo Verde.

Gil Moreira falava à margem do workshop sobre “Cimboa e gaita: a sua importância no funaná, finason e batuku e o contributo africano e europeu na formação da cultura cabo-verdiana”, realizado no Centro Cultural de Cabo Verde (CCCV).

À Inforpress, o investigador, actor, encenador e contador de estórias disse que é preciso dar atenção à lírica tradicional musical que está a desaparecer.

“É uma luta e uma dinâmica que já estamos a ganhar, tanto no campo de investigação comigo, particulares, como confeccionadores, o Pascoal de São Domingos e o próprio IPC [Instituto do Património Cultural], já estamos a ganhar terreno e dinâmica aos poucos”, frisou.

Segundo este promotor da cultura cabo-verdiana, com este projecto da cimboa, muitos actores estão sendo “acordados”, como os nacionalistas, os investigadores, os usuários de instrumentos musicais cabo-verdianos, músicos e artesãos.

Isto porque segundo explicou “é um instrumento que tem a mesma identidade que a cultura cabo-verdiana e que ainda está adormecido”.

Cimboa património sustentável em Cabo Verde

“É um objectivo grande do IPC, que tem um projecto que é levar a cimboa a ser um património sustentável em Cabo Verde, por isso, resolvemos procurar lugares onde temos cabo-verdianos, culturas emergentes, sobretudo na diáspora portuguesa, que já é antiga, para começarmos com esta dinâmica de evolução cultural”, avançou.

Gil Moreira acredita que se hoje Cabo Verde tem a sua tradição num campo que deseja que fosse melhor é porque precisa “semear nos mais jovens, através do ensino, na escola, na partilha e no campo de investigação”, essa pertença.

O workshop que além de Gil Moreira foi também ministrado por Adriano Reis, acontece no âmbito do projecto “Bebi na fonte” concretizado pela dupla e que tem desencadeado muitas investigações na ilha de Santiago.

O encontro acontece também inserido no Aqu’Alva Stória’22 – V Encontro Internacional de Narração Oral da Lusofonia, promovido pela Associação de Dinamização Ambiental, Social e Cultural (RJ ANIMA), que decorre desde Abril e vai até Setembro.

O evento segue hoje para o Cacém, uma comunidade também com muitos cabo-verdianos.

c/Inforpress

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