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Política

12 milhões de euros até 2025: Amortização da dívida de Cabo Verde a Portugal será reinvestida em fundo do clima

Todo o montante da amortização da dívida de Cabo Verde a Portugal será integralmente reinvestido num fundo que o arquipélago está a criar para o clima e a transição energética, avançou ontem, no Mindelo, António Costa. 

“Significa, para termos uma noção, que até 2025 estamos a falar de montantes na ordem dos 12 milhões de euros, e assim sucessivamente irá acontecendo”, afirmou o primeiro-ministro português. 

Conforme o mesmo, trata-se de uma forma de converter aquilo que é uma dívida naquilo que passa a ser uma capacidade de Cabo Verde em investir na transição energética, no combate às alterações climáticas e que tal será feito em conjunto pelos dois Estados.

Ou seja, além da contribuição financeira, Portugal e as suas empresas contam poder ser envolvidas, mobilizadas, pois estão “totalmente disponíveis” para intervirem nos diversos domínios onde têm especialização.“De eficiência energética, capacidade de produção de energia renovável ou da sua armazenagem através do hidrogénio verde ou de outras gazes renováveis, esta é uma nova semente que lançamos para um novo programa de arborização da cooperação futura entre Cabo Verde e Portugal”, disse.

Contribuições para o Fundo

Já Ulisses Correia e Silva explicou que o Fundo Climático e Ambiental pretende responder a uma necessidade de tornar Cabo Verde “mais resiliente”, com uma economia “mais diversificada”, num domínio “muito específico” que tem a ver com o financiamento climático e ambiental.Esse fundo vai ser dedicado essencialmente à aceleração da transição energética do arquipélago, pois o objectivo é atingir 2030 com “mais de 54 por cento (%)” de penetração de energias renováveis e mobilidade eléctrica, 100% em 2050, assim como o reforço da eficiência energética.Esta é, segundo a mesma fonte, uma perspectiva e ambição que terão impactos a nível da balança de pagamentos e nas famílias, e que Cabo Verde tem “todas as condições” para colocar uma prioridade “muito forte” na transição energética.Para a constituição do Fundo Climático e Ambiental, a ambição de Cabo Verde, segundo o primeiro-ministro, é ter diversas contribuições, quer de parceiros bilaterais, quer multilaterais, do Orçamento do Estado e a contribuição de Portugal.

C/Inforpress

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