PUB

Santiago

Ângelo Semedo leva histórias de vida inspiradoras à comunidade da CPLP através do telemóvel

Foto: João Pedro Ramos

Ângelo Semedo é um jovem de 32 anos, natural do concelho de Santa Catarina, que tem desafiado o formato tradicional do jornalismo, com recurso ao seu aliado – o telemóvel e um microfone. Correspondente da secção em português para a África da rádio DW (Deutsche Welle) – Ângelo percorre a ilha de Santiago para contar histórias positivas e inspiradoras, assistidas em toda a comunidade da CPLP.

Antes de receber o convite da DW para ser correspondente em Cabo Verde, convite esse que chegou na sequência de um estágio na Alemanha, Ângelo tinha trabalhado em órgãos e em formatos convencionais, no mercado local.

Mesmo assim, o desafio falou mais alto e abraçou a liberdade de se desprender das redações, e fazer do seu telemóvel o principal instrumento de trabalho. É nele que grava o som para a rádio, assim como os vídeos em diferentes formatos para o site e redes sociais da DW.

“Este formato hoje em dia é uma nova tendência no jornalismo, com muitas vantagens para os órgãos de comunicação”, diz o jovem, residente na Praia.

“O meu telemóvel é o meu grande aliado e a minha ferramenta do dia a dia. Junto com um microfone, é o que preciso para contar histórias, aliado à criatividade para trazer novos ângulos de abordagem”, concretiza.

Três regras de ouro

Este método, entretanto, ainda causa alguma estranheza, já que as pessoas estão acostumadas às câmaras profissionais. Mas, conforme disse, o resultado tem provado que um telemóvel hoje em dia consegue fazer aquilo que faz uma câmara profissional, pelo menos esta é a sua opinião.

“Basta seguir três regras de ouro, que são a iluminação, o som e o enquadramento”, acrescenta.

Um estilo que também não implica grandes investimentos e que, a seu ver, pode ser uma mais valia para a gestão de recursos nos órgãos de comunicação social.

Com esse seu aparelho, o jovem faz, pela ilha de Santiago, aquilo que mais gosta: dar voz às pessoas, trazer histórias “escondidas” e motivadores.

Para além das histórias do dia a dia, produz dois projectos da DW, que são o “Fala Moça”, um espaço de debate dedicado a meninas e jovens africanas, e o “Crónicas Africanas”, projecto de pequenos documentários, tudo a base de um telemóvel.

PUB

PUB

PUB

To Top