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Política

Directas no MpD: Candidatos à cata de votos

As candidaturas à liderança do Movimento para a Democracia (MpD) nas eleições internas, que ocorrerão dentro de um mês (17 de Abril), já foram formalizadas e os dois candidatos, Ulisses Correia e Silva e Orlando Dias, já estão na estrada em campanha para cativar os votos dos militantes do partido no poder. Enquanto isso, o PAICV denuncia a utilização de recursos públicos nessa campanha.

Orlando Dias, que foi o primeiro a formalizar a sua candidatura junto do Gabinete de Apoio ao Processo Eleitoral (GAPE) do MpD, pediu eleições transparentes, democráticas, com lisura e debate de ideias e considerou que o partido precisa de uma nova liderança para um novo ciclo político.

Dias disse ainda que o MpD tem que voltar a ser um partido “verdadeiramente democrático, em conformidade com a sua origem, essência e objectivos que se baseiam na democracia, liberdade, desenvolvimento, justiça social e defesa intransigente da dignidade da pessoa humana, principal beneficiária de todo o esforço de desenvolvimento”.

Considera, por outro lado, que “resgatando” o MpD, “os militantes, amigos e simpatizantes devem lutar contra o exercício do poder baseado na tomada de decisões por alguns dos principais dirigentes, à porta fechada e nas costas da maioria dos membros do partido”.

“Não se deve permitir que o MpD seja um partido de classe nem de aparelho”, enfatizou Orlando Dias, sublinhando a urgência do “resgate” da ligação estreita entre os órgãos nacionais, as estruturas intermédias e as bases, através de reuniões e visitas sistemáticas, periódicas e frequentes, dos membros da Comissão Política Nacional e da Direcção Nacional, para assegurar aos mesmos uma correta avaliação da situação e dos problemas que afectam o país”.

Ou seja, “devolver o partido aos militantes”, para que as bases do MpD possam ser reorganizadas “para poderem funcionar adequadamente e organizar debates regulares nas suas respectivas circunscrições”.

“Para manter o MpD na liderança do país”

A candidatura de Ulisses Correia e Silva foi formalizada junto do GAPE do MpD, através do seu mandatário, Fernando Elísio Freire, que afirmou que o actual líder do partido se recandidata “para manter o MpD na liderança do país” e, por isso, considera que “há todas a razões do mundo” para continuar a confiar o partido a Ulisses Correia e Silva, actual primeiro-ministro.

“É pelo partido e pelo país que Ulisses Correia e Silva continua a dar a cara, perspectivando um futuro promissor para Cabo Verde”, acrescentou, sublinhando que UCS quer continuar a fazer do MpD o partido líder dos partidos políticos em Cabo Verde e conectado com Cabo Verde e com o mundo.

“O MpD está pronto e vamos continuar, sob a liderança de Ulisses Correia e Silva, a liderar Cabo Verde para ser cada vez mais um país de sucesso e conseguirmos o nosso sonho que é de fazermos do nosso país um país desenvolvido”, realçou, apontando que essa liderança abrange sobretudo áreas como transição energética e climática, a economia verde e azul, e, acima de tudo, a conexão de Cabo Verde com o mundo através das tecnologias.

De entre as reformas propostas a nível do partido, o mandatário de UCS apontou a retoma da questão das coordenações políticas regionais, as comissões políticas regionais, o reforço das coordenações políticas concelhias e fazer com que haja maior entrosamento entre os vários sistemas do MpD com mecanismos inovadores de comunicação.

Publicada na edição semanal do jornal A NAÇÃO, nº 811, de 16 de Março de 2023

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