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Economia

Bestfly: Sete voos cancelados hoje com a greve do pessoal navegante de cabine – trabalhadores denunciam “represálias”

Pelo menos sete voos entre as ilhas do arquipélago serão cancelados hoje pela Bestfly, até ao final da tarde, devido a uma greve do pessoal navegante de cabine, que reivindica seguro de inibição de voo.

O anúncio da greve foi hoje confirmado pela presidente da presidente da União Nacional dos Trabalhadores de Cabo Verde – Central Sindical (UNTC-CS), após uma reunião de dois dias com o Sindicato da Administração Pública Local e Central (Sacar) e a direcção da companhia aérea inter-ilhas.

Joaquina Almeida, citada pela Inforpress, avançou que os funcionários “não exigem nada mais além do que os seus direitos”, os quais têm sido “sucessivamente negados” pela companhia aérea.

“Uma série de violações”

A presidente da UNTC-CS justificou que a empresa não quer pagar horas extras, voos no momento de folga, dias feriados, e que tem marcado falta de forma indiscriminada.

Almeida considerou haver “uma série de violações”, tendo avançado até casos de intoxicação alimentar de alguns funcionários, devido a refeições fornecidas pela Bestfly.

Insucesso na tentativa de impedir a greve

Em anonimato, uma porta-voz do grupo em greve caracterizou as primeiras horas de “muita ansiedade”, sublinhando que na tentativa de impedir a greve, chegaram a conversar com a companhia.

Entretanto, segundo a mesma, houve represálias e “as negociações não decorreram como era suposto”, tendo a operadora mostrado resistência em atender às queixas desde o início.

Mais segurança nos voos e menos represálias

“Queremos o cumprimento da legalidade, não mais do que isso. Exigimos o pagamento de subsídio de turno, das horas extras de trabalho, pagamento de feriados e folga, pedimos o seguro de inibição de voo, pedimos respeito pela classe e para respeitar o período de descanso e folga”, demandou.

A porta-voz do grupo reiterou que são “importunados com diversas chamadas telefónicas nos dias de folga”.

Estes funcionários reivindicam também “mais meios de segurança nos voos”, tendo em conta as represálias sofridas desde 2021, com o início da operação da empresa no mercado nacional.

Apelam igualmente as autoridades a “olharem para classe”, principalmente para situação da aviação civil em Cabo Verde.

C/Inforpress

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