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Santiago

Caso jovem Síria: Sem resposta da Embaixada de Espanha ao pedido de asilo, amigo retoma greve de fome

Um homem de nacionalidade espanhola encontra-se, novamente, em greve de fome à frente da Embaixada da Espanha, em Achada Santo António pela falta de resposta ao pedido de asilo da jovem síria, solicitado desde fevereiro de 2023. O caso, recorde-se, remonta ao mês de fevereiro, em que uma jovem síria de 30 anos pediu asilo em Espanha e ainda aguarda resposta ao processo que, segundo o seu amigo espanhol, já tem luz verde de Espanha, mas falta um “clique e uma assinatura” da Embaixada aqui em Cabo Verde para que possa viajar.

Segundo explicou ao A Nação, hoje, 14, faz três dias que se encontra em greve de fome e diz que desta vez só irá parar quando houver uma resposta positiva por parte da Embaixada de Espanha, aqui em Cabo Verde.

“Desde fevereiro estamos a tentar resolver esta situação, passamos três meses sem nenhuma resposta, em junho fizemos uma greve de fome e, agora vou até ao limite, até que isto se resolva, porque ela, agora, está ilegal em Cabo Verde, mas sem a resposta da Embaixada nada podemos fazer. E se ela voltar para a Síria corre o risco de morrer”, explica.

Alegada luz verde de Espanha, mas Embaixada em Cabo Verde em silêncio

Segundo o cidadão espanhol, em junho último, conseguiram que os procedimentos e trâmites para se resolver a situação fossem considerados “urgentes”, mas quando já só faltava uma assinatura em Madrid, “o processo desapareceu misteriosamente”, disse.

“Não entendo, já temos luz verde da Espanha, já temos o “sim” para o pedido de asilo em Espanha, ela já tem direito de ir e ter o asilo, mas falta um clique e uma assinatura da Embaixada aqui para que possa viajar, porque o processo não é como os normais, é um pedido de asilo”, desabafa.

Segundo a mesma fonte, a jovem, desde que saiu da Síria, por causa da guerra, até chegar em Cabo Verde, sempre o fez de forma legal e, por isso, diz não entender o tratamento dado pela Embaixada da Espanha aqui em Cabo Verde.

Enfatizou, igualmente, que desde o início (em fevereiro) que nunca obtiveram uma comunicação oficial da Embaixada, tudo o que conseguiam saber “era através de amigos e de outras fontes”.

Sobre o caso

Recorde-se que a jovem síria de 30 anos, chegou a Cabo Verde em fevereiro de 2023, para fugir à situação de guerra e extremistas islâmicos (Jihadistas e Irmandade Muçulmana), com o apoio do amigo espanhol que pagou as transferências, a estadia e que lhe têm apoiado desde aquela altura.

Segundo uma carta do cidadão espanhol que o A Nação teve acesso na altura, a jovem fugia dos maus tratos dos familiares motivados pela religião, já que o seu pai e irmãos são fundamentalistas islâmicos, e, há anos que tentam, por meio de espancamentos, mudar a forma de pensar e agir desta jovem”.

A jovem está desgastada com a situação e, cada vez mais fragilizada, com a saúde mental a inspirar cuidados redobrados.

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