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Sociedade

Dia dos Heróis Nacionais celebrado com diversas actividades

A Associação dos Combatentes da Liberdade da Pátria (ACOLP) associa-se à Fundação Amílcar Cabral para promover uma série de actividades para assinalar o Dia dos Heróis Nacionais, celebrado a 20 de Janeiro.

Segundo entrevista dada por Álvaro Dantas Tavares, membro da mesa da assembleia, à Inforpress, as celebrações começam em Janeiro e vão decorrer até Setembro, data em que se comemora o centenário do nascimento de Amílcar Cabral, tido como pai da nacionalidade cabo-verdiana.

Durante o dia de hoje a ACOLP vai estar no bairro de Achada Grande Frente para falar da história de “uma das figuras mais importantes” da história de Cabo Verde e da luta pela independência nacional.

Esta ação é fruto de um convite da associação Pilorinhu.

Na sexta-feira, a ACOLP marcará presença no Liceu Amílcar Cabral em Assomada. Ainda neste mês vai estar também com os alunos do Liceu Domingos Ramos, no Platô.

Marcha no Dia dos Heróis Nacionais

No Dia dos Heróis Nacionais, 20 de janeiro, haverá uma marcha, com início na zona de Fazenda até ao Memorial Amílcar Cabral, seguida da deposição de uma coroa de flores, em acto público que será presidida pelo Presidente da República, José Maria Neves.

Também dia 20, à noite, a Companhia de Teatro Sikinada e o Teatro Art’Imagem do Portugal estreiam no Auditório Nacional Jorge Barbosa a peça “Cabral, A Última Lua de Homem Grande”.

Para o mês de Março, segundo disse, está previsto um encontro entre a associação e os alunos de uma escola de Fazenda, promovido pela Associação das Mulheres Combatentes.

Álvaro Dantas Tavares avançou ainda que a ACOLP está aberta para receber convites de pessoas individuais, associações e entidades para falar da história do pai da nacionalidade cabo-verdiana, sendo que Amílcar Cabral é um património nacional de todas os cabo-verdianos e não só, “uma figura internacionalmente conhecida”.

Maior proximidade entre juventude e legado de Cabral 

Esse responsável defendeu ainda maior proximidade entre a juventude e o conhecimento do legado de Cabral.

“Eu acho que a juventude deve estudar essa pessoa, estudar o seu trajecto de vida, porque o que há de mais valioso como o seu legado é o exemplo da sua vida, foi um patriota que se dedicou intensamente à causa da libertação e só conhecer o seu trajeto de vida já é uma coisa que nos inspira e que nos ensina muito”, sublinhou, realçando que Amílcar Cabral é “uma figura excepcional”.

Por outro lado, Amílcar Cabral deixou também um legado de ideias fecundas que são válidas ainda hoje e que são estudadas em vários países.

“Governo devia ter um maior engajamento nas celebrações do centenário do nascimento de Cabral”

Na ocasião, essa fonte considerou também que o Governo devia ter um “maior engajamento” nas celebrações do centenário do nascimento de Cabral, e lamentou o facto de a proposta não ter sido aprovada pela Assembleia Nacional.

“Nós temos que ultrapassar isso e temos que procurar de qualquer maneira trabalhar com o Governo porque Cabral não é de ninguém, não é da Fundação, não é da ACOLP, não é de ninguém individualmente e particularmente não é de nenhum partido”, concluiu.

Perfil

Amílcar Cabral nasceu em Bafatá, a 12 de Setembro de 1924, filho do professor Juvenal Lopes Cabral e de Iva Pinhel Évora. Aos oito anos a família mudou-se para Santa Catarina de Santiago onde fez o ensino primário.

A 20 de Janeiro de 1973 Amílcar Cabral foi assassinado na cidade de Conacri, na Guiné, a oito meses da declaração de forma unilateral, da independência da Guiné-Bissau. 

C/ Inforpress

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