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Economia

Nova logomarca do destino Cabo Verde: THR está a investigar utilização de logotipo com contornos similares num perfil do Facebook

A THR, consórcio responsável pela criação da nova logomarca do destino Cabo Verde afirmou, em comunicado, que está a investigar os contornos da utilização de logotipo com contornos similares, num perfil do Facebook e salienta que irá tomar as medidas necessárias para garantir que não há possível conflito, confusão ou utilização deste desenho nas redes sociais.

Segundo a THR (Tourism Industry Advisors), após o lançamento interno, chegou ao conhecimento da empresa que estava a ser utilizado, nas redes sociais, um logotipo com contornos similares num perfil do Facebook.

No entanto, a THR diz já estar no encalço da situação e do perfil e já iniciou uma investigação para averiguar os contornos desta utilização, e tomar as medidas necessárias.

Processo de criação durou 11 meses e culminou no conceito Morabeza

Em comunicado a THR explicou ainda que o processo de criação da nova marca turística demorou cerca de 11 meses, desde compreensão da estratégia da marca, entrevistas com os residentes e operadores de turismo e partes interessadas, tanto em Cabo Verde como nos cinco principais mercados internacionais, análise competitiva e benchmarking da marca destino em todo mundo.

“O conceito Morabeza foi identificado como uma atitude exclusivamente cabo-verdiana em relação à hospitalidade e à capacidade de conexão dos visitantes com o destino, e foi o elemento central a transformar num desenho de logótipo de marca” explica a THR.

Sete opções iniciais diferentes

Durante o processo, foram criadas sete opções diferentes e o novo logotipo foi o escolhido por ser “o que melhor transmitia a conexão sincera e emocional entre o anfitrião e o visitante”.

“A filosofia da Morabeza foi refletida verbalmente no slogan “from the heart” (do coração) e graficamente por meio das silhuetas das ilhas e dos diversos atributos geográficos de cada uma delas, com cores que representam o mar, a areia, a rocha vulcânica e a vegetação. O resultado é a forma de um coração vibrante e moderno, pulsando com diversidade e calor “, continua a THR.

Logotipo passou por uma auditoria internacional

De acordo com a mesma fonte o logotipo foi testado em mercados internacionais e submetido a validação do setor de turismo de Cabo Verde.

Como parte do planeamento, o consórcio realizou, segundo a THR, uma auditoria em centenas de desenhos de marcas de destinos para garantir que nenhum deles fosse idêntico a este novo logotipo.

“O consórcio também consultou o Escritório Europeu de Marcas Registradas para comparar o símbolo do coração com mais de 15.000 logotipos registrados, por forma a garantir que não houvessem desenhos registrados usando os elementos idênticos” conclui.

A polémica da nova logomarca do destino Cabo Verde

Em entrevista ao semanário A Nação desta semana nº 860, Humberto Lélis, presidente do Instituto do Turismo, garantiu que estava a par das “acusações” de plágio, dizendo que já tinham sido solicitados esclarecimentos ao consórcio que a produziu, o THR.

Mas defendeu a escolha do coração, com cores quentes, que retrata a diversidade turística das ilhas e a morabeza.

“Há um conjunto de informações que já foram disponibilizadas, dando conta que, de facto, não há nenhuma possibilidade de plágio, de cópia. Portanto, vamos deixar que isto se conclua” atestou.

“Neste momento, cabe ao consórcio trazer provas de que não há nem de perto nem de longe qualquer cópia ou qualquer plágio em relação a qualquer outro trabalho”, assegurou

Em causa estava a similaridade da nova logomarca do destino Cabo Verde com outra marca existente em Portugal, a Sea Ria – A casa dos Maria.

Na altura Humberto Lélis argumentou que existem no mundo, “dezenas de outras abordagens alusivas” ou “emblemáticas ao coração”, dando como exemplo as marcas “Olá e Nestlé”.

“Mas a questão da marca não é somente o elemento simbólico, é preciso entender os substratos de abordagem da marca, o elemento simbólico é uma parte, é preciso ver tudo, portanto, o que está subjacente à marca e isto aqui é que é importante”, argumentou na altura.

O presidente do Instituto do Turismo, com sede no Sal, atesta que o processo foi sujeito ao “escrutínio público de meses” e socializado. “Colocamos nas nossas páginas sociais, convidamos as pessoas a opinarem porque nós não queríamos fazer uma coisa escondida, a ideia era envolver a sociedade civil, as ONGs. Nós não fizemos uma coisa escondida…”, elucida.

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