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Sociedade

Líder sindical diz que ambiente laboral no Ministério da Agricultura é “caótico”

O secretário permanente do Sindicato Livre dos Trabalhadores de Santo Antão (SLTSA) disse nesta quinta-feira, 13, que “o ambiente sócio-laboral do Ministério da Agricultura e Ambiente [MAA], em todas as estruturas do país, é caótico”.

Carlos Bartolomeu falava numa conferência de imprensa, na cidade de Porto Novo, para manifestar preocupação com a situação de cerca de uma centena de trabalhadores do ministério, laborando nos três municípios da ilha (Porto Novo, Paul e Ribeira Grande) que auferem de 249 escudos diários de vencimento.

O dirigente sindical queixa-se de que, desde fevereiro de 2021, o SLTSA tem feito “várias tentativas” para reunir com o ministério, mas não tem recebido qualquer resposta.

Trabalhadores são vítimas de insegurança alimentar e física

Considerando ser “necessário reconsiderar o trabalho desses profissionais”, distribuídos por múltiplas vertentes, como serviços gerais, guardas de edifícios e florestais, pessoal de limpeza, assistentes dos campos de produção e ensaios, bem como pessoal que labora nos viveiros, Carlos Bartolomeu alega que, por razão da exiguidade salarial, muitos destes trabalhadores vivem em situação de “insegurança alimentar e física”, pelo que insiste na “necessidade de o ministério se sentar à mesa para dialogar com os sindicatos”.

Acenando com “outras formas de luta”, caso o MAA persista no descaso para com esta situação, o secretário permanente do SLTSA defende que a remuneração destes trabalhadores deve passar a ser de 19 mil escudos mensais e que deverão ser “inscritos no sistema de protecção social obrigatória” [INPS], conforme foi acordado em 16 fevereiro de 2021, no âmbito do “memorando de entendimento com o Ministério da Agricultura e Ambiente, mediado pela Direcção Geral do Trabalho”. Um acordo, aliás, que “nunca foi cumprido” pelo ministério liderado por Gilberto Silva.

Ministro não dialoga, não escuta, nem resolve os problemas

“Estes profissionais estão desgastados física e psicologicamente, desmotivados”, diz ainda Bartolomeu, avançando que os trabalhadores esperavam que “o ministro Gilberto Silva poderia ser um dos remodelados” do governo de Ulisses Correia e Silva, porquanto “trata-se de um ministro que não dialoga, não escuta, não resolve os problemas e preocupações dos trabalhadores e dos sindicatos que os representam”.

Defendendo que existe “um descaso total para com os técnicos e pessoal operacional do MAA, mas também do INIDA [Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento Agrário], o dirigente do SLTSA defende que o governo “deveria dar um sinal e falar para os profissionais”, alertando para a possibilidade de “mais uma vez, ao aproximar das próximas eleições legislativas, possam vir com mais um contrato de trabalho, enganando esse grupo de trabalhadores”, numa alusão ao que aconteceu em 2021 e adiantando que o sindicato pondera uma queixa à Procuradoria Geral da República.

AAP

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