Por trás da professora de inglês dedicada, existe uma jovem sonhadora e criativa que transforma fios e tecidos em verdadeiras obras de arte. Sara Fidalgo é exemplo de que a paixão pode se dividir entre a educação e a beleza e que ambas têm o poder de transformar vidas. No seu caso, desde cedo, sempre gostou de mudar de visual.
Buscando algo mais prático e com estilo, descobriu nas perucas uma forma de expressar a própria identidade. Mas foi quando percebeu o impacto emocional e estético que uma boa peruca podia causar que nasceu o desejo de mergulhar de vez nesse universo. Aos poucos, começou a testar técnicas, adaptar métodos de costura e descobrir que ali havia um talento pronto para florescer.
“As pessoas começaram a admirar o meu trabalho e a pedir peças personalizadas. Foi então que percebi que podia transformar esse dom num negócio, ao mesmo tempo em que ajudava outras pessoas a se sentirem bem consigo mesmas”, conta.
Autenticidade e desafios
Cada cliente, como diz, é um caso único e que por isso a personalização é feita com base no estilo, na necessidade e na personalidade de quem vai usar a peruca. Entre cortes, cores e medidas exactas, cada peça carrega um toque especial de cuidado e autenticidade.
Os desafios, claro, não ficaram de fora. Aprender a manusear a máquina de costura sozinha, adaptar técnicas para o universo das perucas e lidar com as dificuldades de importação de materiais em Cabo Verde foram obstáculos superados com determinação.
“Uma peruca bem feita não é só estética, é uma forma de devolver confiança, elegância e dignidade”, afirma. “Quero que o meu trabalho seja reconhecido não só pela estética, mas pelo impacto positivo que gera na vida de quem usa.”
Para quem deseja seguir o mesmo caminho, ela deixa um conselho: “Começa sem medo. É preciso paciência, prática e humildade para aprender com os erros, procura referências e nunca desiste. Cada peça é um passo a mais na jornada.”
