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Cultura

São Vicente: CNAD acolhe a exposição “Horizontes” de Mapfara

A Galeria Luísa Queirós, no Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design (CNAD), no Mindelo, acolhe a exposição de esculturas em cerâmica “Horizontes”, do artista moçambicano Mapfara Sitoe, no próximo dia 20 de Novembro, às 18h30. “Horizontes” é o resultado da residência artística de Sitoe no CNAD.

“Horizontes” é o resultado da residência criativa realizada no CNAD, entre os meses de Setembro e Outubro, e reúne uma série de esculturas que brotaram das mãos de Mapfara Sitoe, e que traduzem o “sonho” com seres fantásticos do imaginário de Moçambique, que dão corpo a cada obra. 

O “olhar” é, segundo o artista, elemento primordial das suas esculturas, evocando, antes de mais, o poder desse sentido no desvendar de outros horizontes vários e que, específica e formalmente, “se reflete nos seres que cria, onde os olhos se multiplicam numa multidirecionalidade singular”. 

“Horizontes tem na sua essência o OLHAR, que nos permite conhecer o(s) outro(s) e abrir ao mundo, e em perspetivas diversas”, explica ainda. 

 “Horizontes” integra a programação da 10ª edição da URDI – Feira do Artesanato e Design de Cabo Verde, enquanto testemunho da prática artística de Mapfara, marcando espaço e tempo em que o autor moçambicano extravasa o seu entorno e mergulha na indiscernibilidade do Mindelo.

A 10ª edição da URDI decorre de 26 a 30 de Novembro, na Praça Amílcar Cabral, na cidade de Mindelo.

Sobre o autor

António Horácio Sitoe, mais conhecido por “Mapfara” é um artista plástico e escultor em cerâmica moçambicano. O mesmo nasceu em 1979, em Maputo e, desde cedo, se apaixonou pelo mundo das artes, descobrindo os seus talentos numa dança de sua autoria, que fazia “furor” entre aqueles que paravam para o ver atuar.

A caminhada no panorama artístico começa através da Associação ACHU-FRE (Associação Cultural Hulene em Frente), em 1999, nos arredores de Maputo, quando descobre o apoio para alavancar e dar asas ao desenvolvimento da sua criatividade estética. É também nessa associação que aprende a fazer obras em cerâmica, desenvolvendo um estilo e técnica próprios assente nas influências da arte cerâmica tradicional e moderna moçambicana tornando-se assim um artista autodidata

Mapfara, torna-se um ícone e deixa a sua marca na cultura moçambicana quando entre outras inúmeras distinções, arrecadou o primeiro prémio na categoria de escultura do Commonwealth Arts and Crafts Awards [Austrália – 2007/2008), e de Prémio Revelação, pela Fundação Alberto Chissano.

Publicado na Edição 950 do Jornal A Nação, de 13 de Novembro de 2025

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