Nela Fonseca foi encontrada morta em casa no passado domingo, 22, em Santo Antão. O ex-marido, que a encontrou sem vida, levou o corpo ao hospital. A família da vítima, natural da Brava, pede agora justiça e exige que o corpo seja transferido para a ilha Brava para realização da autópsia, e que seja afastado de imediato do ex-companheiro até à conclusão das investigações.
Segundo os familiares, citados pelo Notícias de Djabraba, o ex-marido de Nela Fonseca é delegado de saúde em Santo Antão, o que levanta suspeitas sobre a imparcialidade do processo. Eles temem que o envolvimento do ex-companheiro possa influenciar as investigações e pedem total transparência na apuração dos factos.
Nela teria contado a familiares que sofria maus-tratos por parte do ex-companheiro. “Esse relacionamento foi marcado por sofrimento psicológico, traições e episódios que chegaram a requerer intervenção da polícia. Amigos e familiares sabiam do seu sofrimento, mas ela, como tantas mulheres, tentava recomeçar silenciosamente, sempre priorizando o bem-estar dos filhos”, contou um familiar.
Segundo a versão apresentada pelo ex-marido, “ao chegar à casa, acompanhado de um amigo, encontrou Nela caída no chão da casa de banho e disse que pensou, inicialmente, que ela estaria a brincar, mas ao tentar levantá-la, percebeu que estava inconsciente”, relatou a fonte.
Telefone na posse do ex-marido
A mesma fonte denunciou que o telefone da vítima continua com o ex-marido, que se recusa a entregá-lo à família, o que poderá comprometer eventuais provas. Ela conta que Nela viajou com os filhos para Porto Novo e participou no desfile da festa de São João, tendo a mesma publicado fotos às 6h00 da manhã de domingo, 22. No entanto, as imagens desapareceram das redes sociais.
Apesar de a morte ter ocorrido no domingo, 22, até ao momento a família ainda não foi autorizada a ver o corpo, passado cinco dias do ocorrido.
Nela Fonseca tinha 39 anos e deixa três filhos menores.
Adelise Furtado
Estagiária
C/ Notícias de Djabraba
