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Cultura

Cesária Évora continua a ser a artista mais vendida na discografia cabo-verdiana

Cesária Évora, considerada a rainha da morna e que deu “notável projecção internacional do país”, continua a ser a artista mais vendida na discografia cabo-verdiana, passados seis anos da sua morte, na cidade do Mindelo, em São Vicente.
Considerada como a cantora de maior referência internacional de sempre da música popular cabo-verdiana, Cesária Évora, que teve uma carreira marcada por uma vasta digressão pelos quatro cantos do mundo, continua a bater todos os recordes da venda dos discos.
Segundo o gerente da Harmonia Lda, empresa especializada na produção e distribuição musical, os discos da Cesária Évora são sistematicamente procurados tanto pelos cabo-verdianos, como pelos estrangeiros, dentro e fora do país, e superam toda a saída dos álbuns.
Benito Lopes avançou à Inforpress que as gravações musicais da artista, também conhecida como a “Diva dos pés descalços”, para além de serem frequentemente solicitadas por individualidades diversas, aliciam, cada vez mais, o interesse das instituições, sobretudo para cerimónias oficiais e protocolares, enquanto cartão visita do país.
Vencedora do prémio de melhor álbum de World Music contemporânea em 2004 e distinguida com a medalha de Legião de Honra pelo Presidente da França, Jacques Chirarc, em 2009, Cesária Évora deixou um vasto legado composto por 26 álbuns a solo, quatro duos, e teve colaboração em sete discos.
Cize, como também era carinhosamente tratada, foi ainda distinguida em 1999, por Portugal, que a agraciou com a medalha da Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, em Dezembro de 2010, no Rio de Janeiro, pelo o Presidente Lula da Silva, com a medalha de Ordem do Mérito Cultural 2010, e com o prémio carreira na gala do Cabo Verde Music Awards 2011.
Alguns dos álbuns discográficos da artista, editados entre 1963 e 2013, como “Best of Cesária Évora”, “Mornas de Cabo-Verde & Oriondino”, e “Cesária, Grandes Êxitos” estão entre o “Top 10” dos discos mais vendidos dos últimos tempos, numa lista na qual prontificam nomes como Nancy Vieira, Lura, Élida Almeida, sobretudo com a obra discográfica “Kebrada”, Cremilda Medina, Sara Tavares e Tito Paris.
Quanto aos artistas da actualidade da nova geração da musicalidade cabo-verdiana, Benito Lopes disse que a jovem santacruzense Élida Almeida, “a atravessar uma carreira de sucesso a nível internacional”, juntamente com Lura, “consagrada e com uma agenda internacional invejável”, a “Orquestra Cesária”, e a cantora Lucibela (actualmente no lançamento do seu álbum Laço Umbilical), afiguram-se como os mais requisitados.
A estes nomes acrescentam ainda os da reconhecida Sara Tavares, da jovem Cremilda Medina, artista que tem estado a dar cartas com o álbum de estreia “Folclore”, lançado em 2017, e do instrumentista, compositor e vocalista Tito Paris.
C/Inforpress

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