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Opinião

Fim do prometer muito e fazer pouco para se poder chegar a uma cultura de resultados

José Valdemiro Lopes

O crescimento da economia cabo-verdiana e a baixa do desemprego, confirmados pelos resultados estatísticos comparativos do primeiro trimestre, são os melhores indicadores, confirmadores que o país está num bom rumo. Afinal, uma outra maneira de conquistar o poder e o novo modelo de exercício de responsabilidades politica, centralizadas nas “pessoas”, pagaram e leva-nos a acreditar que: “… as promessas feitas, serão futuramente, promessas cumpridas …”, salvo constrangimentos. O governo liderado por Ulisses Correia e Silva, assenta, o seu projecto de sociedade, na boa governação e na cultura de resultados.

Realmente, o governo, dialoga, apresenta projectos, de forma descentralizada, aos cidadãos, que amadureceram e não escolhem mais, seus representantes e dirigentes, de maneira tradicional, seguindo cegamente as “indicações de votos”: os cabo-verdianos não são mais “captivos dos partidos políticos”, querem e exigem mais considerações e são sensíveis a que se lhes expliquem as possibilidades, os ganhos, riscos, os reforços… em tudo que se lhes diz respeito e as possibilidades que se lhes oferecem, nesta “aventura” de fazer desenvolver, estas nove ilhas habitadas, deste pequeno país insular, frágil do ponto de vista de recursos…

A democracia, não é sinónimo de perfeição e precisará sempre ser fiscalizada e neste ponto, a responsabilidade vai para a oposição que deve apresentar, alternativas, projectos, novos programas, iniciativas produtivas, etc. mas até presente data, verifica-se, de maneira continua, uma insistência e persistência, na exigência do cumprimento quase que em integral, do prometido, durante a campanha legislativa ao vencedor, levando tanto a situação como o executivo a lembrar que a legislatura, perdura por cinco anos…

Todos os patriotas devem mostrar satisfação, com a baixa de desemprego verificada, esta diminuição, acabou com a indignação e frustração de milhares de jovens de vários cantos do país e provavelmente, aumentará também a autoestima, a confiança e a esperança aos ainda jovens desempregados que esperam também suas oportunidades de inserção…

Para se poder fazer, aproveitar, mais o país desta boa tendendencia positiva, que se quer que continue, o executivo, deve instalar conectar e reforçar um plano estratégico tendo como objecto e ambição de assegurar e manter o caminho produtivo alcançado, associando todas as forças vivas destas ilhas a este ideal, para se poder consolidar uma vaga, de solidariedade, envolvendo todos na ideia de trazer mais felicidades aos jovens desempregados ou com empregos precários que almejam mais dignidade e inserção social e existem ainda muitos casos de injustiça laboral, até nas instituições publicas, não reconhecendo competência, a jovens quadros, que são obrigados, a assinar contratos laborais com validade de dois meses renováveis…

No que toca às oportunidades financeiras, as transferências efectuadas pela diáspora cabo-verdiana, traz segurança financeira a milhares de famílias, mas o capital está mais orientado, para o consumo e a sobrevivência, o seu impacto na vida económica é enorme, mas, mesmo assim, o governo e os bancos de depósitos têm o dever e a obrigação de instalar, numa parceria publico privada, uma engenharia financeira nacional, para canalizar e orientar, parte ou a maior fatia, dos fundos transferidos para financiamento de projectos de infraestruturas, necessários ao desenvolvimento económico, beneficiando posteriormente as famílias, participantes, com juros ou taxas acrescidas… estes investidores locais, participariam e pronunciariam de maneira ativa no modelo de sociedade a alcançar, para se poder garantir, com mais envolvência uma mudança económica e social durável, moderna e de mais justiça social. Não devíamos contentar-nos, apenas, com o impacto dessas remessas na economia, mas, convidar e associar, as partes envolventes a investirem, nos projectos económicos e sociais de desenvolvimento de suas regiões e outras, criando valores.

Mais ainda se somos cerca de 500 mil e mais cidadãos residentes, para a nossa realidade, como país, possuímos um pequeno mercado, mas as oportunidades de negócios, existem, à nossa medida e devíamos ter a ambição de transformar a economia informal (peso de aproximadamente 40% na economia), a sua formalização, só traria benefícios e o impacto iria se sentir, também na segurança social, cuja cobertura seria de facto universal e inclusiva.

Urge continuar a preparar o país, para maior capacidade industrial, diversificar a economia, fazer distribuição social, aumentando salários, etc… são engenharias financeiras com impacto de curto prazo, no crescimento do consumo interno e quem diz aumento de consumo, fala em crescimento económico e diminuição de desemprego.

As boas soluções continuarão, sempre nas nossas mãos, se continuarmos, com humildade, sabendo que a vontade politica, existe e está latente…

A aposta nas novas tecnologias de informação e de comunicação, associada á transferência de tecnologia garantirão também a criação de melhores condições para atrair investimentos externos e esta nação arquipélago deve explorar todos os efeitos positivos capaz de garantir a continuidade do crescimento verificado, que honra a todos sem discriminação, o desempenho é nacional e pertence a todos só nos resta a atitude e responsabilidade de continuar a associar e fazer participar todas as instituições, politicas, sociais, religiosas e outras neste processo nacional que se quer que continue e seja mesmo, para durar…

miljvdav@gmail.com 

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