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Política

Presidente da UCID diz que ilha do Maio “não está bem” em vários aspectos

O presidente da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID, oposição) disse hoje que a ilha “não está bem”, nos sectores chaves para ilha, começando pela agricultura, criação de gado e turismo.
“Pode dizer-se que a ilha não está bem, na medida em que  em todas as aldeias, vilas e mesmo aqui na cidade do Porto Inglês, que vistamos, os jovens estão a reclamar de forma bastante acentuado do problema do emprego, pensamos que é o maior problema da ilha,”, lançou Monteiro no final de uma visita de três dias ao Maio.
O líder dos democratas cristãos justificou a sua afirmação de que a ilha “não vai bem” alegando que os criadores de gado tem vindo a passar por um “mau momento”, devido ao mau agrícola que tem contribuído para uma “perda significativa” de mais da metade dos seus rebanhos, e consequentemente essas famílias ficaram “muito mais pobre” do que aquilo que estavam antes.
Para o líder da UCID, o programa de mitigação da seca e do mau ano agrícola, em implementação pelo Governo,  “não foi muito audaz” na medida em que o programa de distribuição dos vales-cheque, mobilização da água e criação de emprego não foram “suficientemente fortes” para puderem dar respostas positivas às aspirações destas pessoas.
Aquele dirigente político avançou ainda que do total de vales-cheque canalizados para ilha, somente 25 por cento (%) deste montante foi utilizado até então, porque as pessoas não têm outros rendimentos que os possibilitem adquirir a ração animal e salvarem parte dos seus animais.
“Nós acreditamos que existem outras soluções técnicas e há seis anos que a UCID tem vindo a apontar na Assembleia Nacional aos sucessivos governos  o caminho que nós consideramos ser muito bom para os criadores de gado a nível nacional, como aqui na ilha do Maio, em que existe muito sol e vento”, lançou o deputado, referindo-se à forragem hidropónica.
“Com a tecnologia existente não se pode dar ao luxo de se perder tanto gado como tem acontecido aqui na ilha do Maio” notou.
António Monteiro prometeu levar essas preocupações e sugestões ao parlamento para ser discutido, tendo em vista que está agendada esta questão para esta sessão parlamentar.
António Monteiro mostrou-se preocupado também com a qualidade de estrada dentro da cidade do Porto Inglês, assim como a que liga o porto ao centro urbano da ilha, bem como a situação dos transportes aéreos, que na sua opinião não favorece o desenvolvimento do sector do turismo.
Defendeu que a ilha deveria ter pelo menos uma ligação aérea diária, mas com aviões adequados à realidade da ilha neste momento, e que caso não for feito a ilha do Maio vai ver mais “uma oportunidade a ser adiada”.
“É preciso que o Governo dê indicações ou criar condições para que haja aparelhos de pequeno porte de pelo menos 20 ou 30 lugares, para que haja essa dinâmica aérea”, concretizou, e trazer ao Maio uma economia, não só com base no turismo, mas também na agricultura e na pesca.
O presidente da UCID, pediu ao Governo, por outro lado, que  assine um novo contrato com a Binter CV, que obrigue a companhia  a prestar o serviço de transporte de doentes em casos de emergência, para resolver esta situação.
“Em caso de necessidade, o ministro da tutela ou a Agência da Aeronáutica Civil pode fazer uma requisição à companhia que opera o voo em que se pede por exemplo para se atrasar um voo em dois ou três horas, caso for necessário e socorrer a pessoa que está a precisar naquele momento”, assinalou.
António Monteiro defendeu que este modelo de acção custaria menos ao país do que adquirir um “avião ambulância” para fazer este tipo de serviço, visto que no país “esporadicamente”   acontecem casos  do tipo.
O líder da UCID aproveitou a ocasião para perguntar ao Governo onde se encontra o avião Dorniê da Força Aérea, que foi aflorado pelo executivo que viria a prestar este tipo de serviço.
Por isso defendeu que caso fosse cumprida esta promessa, situações do tipo poderiam até não acontecer.
Inforpress

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