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Cultura

URDI 2018: Abraão Vicente pede mais para o sector da cultura

O ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, defendeu hoje, no Mindelo, que o sector da cultura “merece mais” do Orçamento do Estado, uma vez que são os artistas que colocam Cabo Verde no mapa.

Relembrando que nesta quinta-feira vai-se debater o Orçamento do Estado apara 2019, Abraão Vicente convidou todos os agentes culturais a prestarem atenção para este “momento importante”, que acontecerá amanhã no parlamento e aquilo que se reserva à cultura.

“Eu creio que aquilo que temos feito, não só este ministério, mas as câmaras municipais, os agentes culturais e os grandes criativos, que de facto promovem a internacionalização da marca Cabo Verde, a cultura merece mais”, lançou o governante, que disse ser um apelo para que de facto se “olhe com olhos de ver” o impacto que a criatividade e a invenção cabo-verdiana significam no mapa, que Cabo Verde está incluído no mundo.

O ministro da Cultura, que discursava na abertura da Feira de Artesanato e Design de Cabo Verde – URDI, dessa forma considerou ser “ válido” a campanha lançada pelo encenador João Branco, nas redes sociais, para se aumentar para um por cento (%) a fatia do Orçamento do Estado para a cultura.
“Esse combate não só é válido, como deve-se ambicionar mais”, sentenciou o responsável, para quem através da cultura Cabo Verde será “sempre maior” e um povo com “muito mais orgulho e prazer” de ter sido semeado no meio do atlântico.

Referindo a feira em si, o governante disse que a URDI representa a ideia de que se pode criar um “novo sector económico” através da cultura.
Por isso, que pensando nos artesãos que vendem a sua criatividade e gastam toda a sua vida aprimorando a técnica, que, segundo a mesma fonte, através do Centro Nacional de Artesanato e Design (CNAD), está-se a fazer um “laborioso trabalho”, iniciado pela geração de Manuel Figueira, de certificar o artesanato nacional.

“Que não é só criar um logo ou um símbolo a dizer created in Cabo Verde, mas é fazer todo o inventário e todo o manual, que nos leva a identificar aquilo que realmente é cabo-verdiano”, advogou, adiantando ser a URDI “a concretização dessa visão do Governo” de transformar o sector da cultura em algo que vai além do “lúdico, criativo ou de passá sabe”.

Nesta mesma senda, que se está também a trabalhar junto das instituições, acrescentou, para a criação de um “sistema próprio” para os artistas nas finanças e na segurança social para que os artistas possam descontar e ter “dignidade”, quando chegarem na velhice.

Abraão Vicente ressaltou, por outro lado, a centralidade de Mindelo como a cidade que “planeia e projecta o futuro das artes” em Cabo Verde.
“Tudo indica que nós como cabo-verdianos não podemos desperdiçar o talento e a potencialidade natural do Mindelo para liderar esse processo”, asseverou.

A cerimónia de abertura da URDI, que decorreu na Praça Nova, onde está patente a mostra de artesanato e design, contou ainda com as intervenções do ministro do Turismo, José Gonçalves, do presidente da Câmara Municipal de São Vicente, Augusto Neves e do director do CNAD, Irlando Ferreira.

A programação da feira, que se prolonga até este domingo, 02 de Dezembro, marca para esta quinta-feira o início das “grandes conversas”, que terão como pano de fundo o antigo Centro Nacional de Artesanato (CNA), enquanto elemento da criação da identidade nacional.

Este movimento teve como base “elementos fundamentais”, como Manuel Figueira, Luísa Queirós, Bela Duarte, Leão Lopes e a nova geração, que se formaram com eles.

Inforpress

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