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França: Macron começou a receber partidos sobre crise dos “Coletes Amarelos”

O primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, iniciou hoje, 3, uma ronda de reuniões para receber os chefes dos partidos políticos e procurar uma saída para a crise dos “Coletes Amarelos”, que continuam em protesto em diferentes partes do país.

O primeiro a ser convocado para o Palácio de Matignon, residência oficial do primeiro-ministro, foi a presidente da Câmara de Paris, a socialista Anne Hidalgo.

É também esperado hoje no Palácio de Matignon a líder da formação de extrema-direita União Nacional (antiga Frente Nacional), Marine Le Pen, o primeiro secretário do Partido Socialista, Olivier Faure, o presidente dos republicanos conservadores, Laurent Wauquiez, e Stanislas Guerini, o novo delegado geral do partido Em Marche!, do presidente Emmanuel Macron.

O líder da formação esquerdista “França Insubmissa”, Jean-Luc Mélenchon, que como Le Pen pediu a dissolução da Assembleia Nacional (Parlamento) para a convocação de Eleições Legislativas, poderá não comparecer e ser substituído por membros da sua equipa.

Édouard Philippe planeia continuar a concertação, na terça-feira, 4, com representantes dos “Coletes Amarelos”, mas resta saber se tal será possível e em que formato, após o fiasco de uma reunião semelhante na sexta-feira passada.

O fim de semana ficou marcado em França por violentos protestos do movimento dos “Coletes Amarelos”, sobretudo por desacatos em Paris e por atos de vandalismo no Arco do Triunfo. O monumento, que é símbolo emblemático de Paris e da própria França, foi pintado, o seu museu saqueado e uma estátua partida, à margem dos protestos.

Os últimos dados sobre os acontecimentos de sábado, 1,  indicam que 136 mil pessoas se juntaram à mobilização dos “Coletes Amarelos” e que houve 263 feridos.

O porta-voz do governo, Benjamin Griveaux, não quis adiantar, na manhã desta segunda-feira, qualquer informação sobre se o governo vai ceder ao que desde o início foi a primeira reivindicação dos “Coletes Amarelos”: anular o aumento de impostos sobre os combustíveis (gasolina e especialmente diesel), agendado para 1 de Janeiro.

Os “Coletes Amarelos” continuam hoje as suas acções de protesto em rotundas, estradas e acesso a complexos petrolíferos em várias partes do país, incluindo um bloqueio da fronteira com a Espanha em Le Perthus, que decorreu de madrugada durante várias horas.

Na Bretanha, o prefeito de Finistère anunciou, no domingo, 2, restrições à venda de combustível para lidar com os problemas de abastecimento, devido aos bloqueios nos depósitos de distribuição em Lorient e Brest.

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