As condições para o controlo da qualidade e certificação do grogue que se produz em Santo Antão “estão praticamente criadas”, a um menos de um mês do arranque do período de industrialização da aguardente em Cabo Verde.
A Associação dos Municípios de Santo Antão (AMSA) diz ter já operacional o laboratório de controlo de qualidade e certificação do grogue, instalado no Centro de Transformação Agro-industrial de Afonso Martinho, na Ribeira Grande, pelo que as condições “estão praticamente criadas” para que o controlo de qualidade e certificação do grogue seja implementado a partir de Janeiro de 2019.
Nesse âmbito, A AMSA está a concluir o processo de aquisição de um cromatógrafo para Santo Antão, financiado pelo Governo, em seis mil contos.
A aquisição deste equipamento insere-se no âmbito do reforço, já a partir da safra de 2019, que decorrerá entre Janeiro e Julho, das medidas de controlo da qualidade do grogue, na ilha.
Para a operacionalização do laboratório, com capacidade para prestar serviços a nível nacional, não só no controle de qualidade da aguardente, mas também de outros produtos alimentares, a AMSA contou com a parceria da Agência de Regulação e Supervisão de Produtos Farmacêuticos e Alimentares (ARFA).
A indústria da aguardente, cuja produção estima-se em dois milhões de litros/ano, é considerada “fundamental” para a economia de Santo Antão, pelo que a valorização e certificação do produto “contribuirão para o crescimento” desta industria e da própria economia da ilha, segundo a direcção da AMSA.
Santo Antão detém 80 por cento (%) do potencial de cana sacarina em Cabo Verde (1.034 hectares da área agrícola coberta por cana de açúcar), embora contribua apenas com 20% da produção da aguardente a nível nacional.
A ideia de certificação do grogue de Santo Antão ocorre numa altura em que o produto começa a chegar aos mercados internacionais, sobretudo da Europa.
Inforpress
