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Economia

Associação de Pescadores do Porto Novo quer intensificar aposta na pesca artesanal

A nova direcção da Associação de Pescadores do Porto Novo está engajada numa maior aposta na pesca de pequena escala, ou melhor pesca artesanal. A constatação é de Atlermiro Neves, presidente reconduzido a mais um mandato à frente daquele organismo. Segundo o mesmo, trata-se de uma vertente cuja aposta deverá ser forte.

“É o subsector responsável por toda a diversidade de demersais (espécies consideradas peixe de quilo ou de fundo). Também é responsável por 60% de toda a captura nacional. É a vertente que tem mais conexão com as agentes da comercialização, ou seja tem um impacto importantíssimo na economia das famílias mais vulneráveis”, diz Atlermiro Neves.

Assim sendo, o presidente da associação propõe um estudo e introdução de uma nova embarcação para o subsector, apetrechada com outras características a nível da dimensão, estabilidade, navegação, conservação de pescado e autossuficiente. Entretanto a aposta em novas embarcações não deverá implicar a supressão das já existentes.

“A introdução de um novo modelo não implica o abandono dos já existentes. O país tem uma aposta forte no turismo e há necessidade de diversificar as ofertas e explorar melhor os recursos existentes. Nesta óptica, sugerimos a readaptação das embarcações já existentes (botes) em embarcações de recreio, passeios, pesca e mergulho desportivo, um produto destinado aos turistas. Isso iria aliviar o esforço de pesca sobre os pesqueiros e criar condições de rendimentos para os pescadores basicamente nos momentos de baixa captura”, argumenta.

O presidente da Associação de Pescadores de Porto Novo garante que o organismo estará na senda da criação de condições para apoiar na aquisição de apetrechos de pesca e a implementação de uma unidade de venda de equipamentos. Sensibilizar os governantes para a construção de arrastadouros e subsidiar as famílias mais vulneráveis nos períodos mais críticos constituem outros objectivos da associação.

“Do final do ano passado até o mês de Maio do presente ano, havia muitas famílias de pescadores a passarem fome e praticamente ninguém fez nada para ajuda-los, pessoalmente alertei quem de direito neste sentido”, lamenta.

 

(Leia mais na edição impressa do A NAÇÃO nº588 de 06 a 12 de Dezembro de 2018)

JF

 

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