As medidas para acalmar os protestos dos “Coletes Amarelos” vão custar dez mil milhões de euros aos cofres públicos, em 2019, e farão crescer o défice até 3,2 por cento (%) do produto interno bruto (PIB), segundo o primeiro-ministro (PM) francês.
Édouard Philippe disse numa entrevista, publicada hoje, 17, pelo jornal diário financeiro “Les Echos” que, apesar deste aumento nos gastos públicos, o seu objectivo continua a passar por “cumprir os compromissos” nas contas públicas, mas reconheceu que haverá “um ligeiro aumento do défice” em relação aos 2,8% que haviam sido projetados inicialmente.
Philippe insistiu que este valor do défice pode ser contido, graças aos esforços para reduzir os gastos e a suspensão dos cortes nos impostos sobre as empresas, que juntos somavam cerca de quatro mil milhões de euros.
O PM destacou, ainda, que o Governo francês espera arrecadar cerca de 500 milhões de euros, no próximo ano, com um novo imposto sobre os gigantes da Internet “pendente da taxa europeia, que foi objecto de um acordo recente”.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou, no dia 10, quatro medidas para aumentar o poder de compra dos assalariados e pensionistas de rendimentos baixos e médios, com destaque para o aumento de cem euros na remuneração do salário mínimo, sem que isso custe sequer um euro adicional às empresas, garantiu o Chefe de Estado.
