PUB

Economia

Vox-pop: Quanto vai gastar este Natal?

O A NAÇÃO saiu às ruas para saber quantos os cabo-verdianos vão gastar este Natal. Consumismo, ou não, o certo é que a maioria admite comprar presentes para prestigiar os amigos e familiares mais chegados. Há mesmo quem reserve 20 mil escudos para prendas.

 

Luísa Monteiro – Jornalista (Mosteiros, na Ilha do Fogo)

-Nunca estabeleço a quantia certa para gastar no Natal. Compro o essencial, tanto para presentes, bem como para a ceia. Nesta época, gosto de ornamentar a casa com árvores e luzes e presentear as pessoas mais próximas com peças de artesanato que costumo fazer nos meus tempos livres. Para quem vai comprar presentes, aconselho que adquiram produtos artesanais. Existem por todo o lado e a vários preços. É uma forma de dinamizar o comércio local. Para mim, Natal é tempo de relembrar Cristo, seguir o seu exemplo, amar, perdoar, festejar e celebrar a vida.

Suzi Chantre, Psicóloga (Tarrafal de São Nicolau)

-Não tenho uma quantia exacta para gastar nesta época natalícia. Talvez vá gastar mais de metade do meu vencimento mensal. Natal é uma época propícia para reunir a família e reflectir como tem sido a nossa vida e traçar novos planos e metas. É, também, época para trocar presentes, mas devemos conhecer os gostos e necessidades das pessoas que pretendemos presentear.

 

Jazy Fortes, Biólogo (Santo Antão)

-Natal é um momento para relembrarmos da nossa pequenez à frente do Sagrado e da nossa grandeza escondida como humanos piedosos e solidários. Devemos oferecer presentes simbólicos. Presentes que despertarão no felizardo um significado profundo da sua personalidade, exaltando o seu sentimento mais profundo. Devemos oferecer produtos manufacturados, nacionais e tradicionais. O projecto “Terra de Sodad” é um forte ponto de contacto para adquirir produtos de artesanato nacional.

 

Kátia Araújo, Professora (São Vicente)

-Penso gastar o mesmo de sempre. Não faço gastos extravagantes. Como não tenho décimo terceiro, o meu salário mantém-se. Natal tem um significado especial, pois, trata-se de rever a história do nascimento de Jesus Cristo. É uma época de reflexão de tudo o que toca a espiritualidade e ao que tenho feito de bom e de menos bom. O bom é para aumentar e o menos bom é para servir de aprendizagem e moldá-lo para o meu próprio crescimento. Os meus presentes baseiam-se em livros, velas, chocolates e CD’s de música. São para familiares e amigos especiais. Para os meus filhos, ofereço livros, brinquedos, roupas e sapatos, consoante as necessidades. Devemos apostar em produtos nacionais e de boa qualidade.

Marta Rodrigues, Licenciada em Filosofia Política e Relações Internacionais (Maio)  

-Natal é convivência entre os familiares e reforço dos laços de amizade e partilha. Quanto aos presentes: não vou gastar muito, porque a situação está difícil. Gosto de oferecer e receber bons livros – de qualquer género! – como presente. Isso tem o poder e o condão de abrir os meus horizontes do conhecimento.

 

José Cabral, Extensionista (Santa Catarina de Santiago)

-Natal representa a festa da família e símbolo da amizade, paz e união, acima de tudo. Neste período, há uma forte tendência para gastos exagerados, devido ao volume de ofertas. Já reservei uns 20 contos para comprar presentes e produtos para a ceia de Natal com a família. Para as crianças, compro brinquedos nas lojas chinesas e livros infantis. Já para os adultos, estou a pensar em livros, perfumes, bijuterias, bolsa e carteiras. Se encontrar produto nacional, melhor ainda.

Fabiana Lima, Jornalista (Boa Vista)

-Geralmente, não gasto muito pelo Natal. Este ano, pretendo fazer o mesmo. Só gastarei o suficiente para comprar alguns presentes, nomeadamente, artigos de decoração para a casa, livros, brinquedos para crianças, brincos para mulheres, colares e óculos para oferecer a familiares e amigos mais próximos. Adoro receber óculos, “make up”, perfumes e relógios. Natal, para mim, é, acima de tudo, estar com a família e, principalmente, com os amigos que amo…

Eusébio da Rosa, Artista (Brava)

-Enquanto jovem desempregado e solteiro, não estou a pensar em gastar muito dinheiro. Como não tenho vícios com bebidas, vou gastar o mínimo possível. Até porque, Natal é uma época que deve ser vivida com tranquilidade e junto da família, convivendo com carinho e amizade. Por isso, não nos devemos iludir muito com presentes. É claro que oferecer um presente a uma pessoa querida, como um simples gesto de amizade, não faz mal. Contudo, o mais importante mesmo, é sermos humildes e entendermos que nem sempre é a prenda que faz o Natal ser especial. O mais importante é o espírito de união e de solidariedade.

PUB

PUB

PUB

To Top