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Economia

AAVTCV admite que isenção de vistos e TSA só beneficiam as grandes agências de turismo

Num comunicado emitido esta manhã, a Associação das Agências de Viagens e Turismo de Cabo Verde, AAVTCV admitiu que a entrada em vigor da nova Taxa de Segurança Aeroportuária (TSA), em vigor desde o passado dia 1 de janeiro, assim como a medida de isenção de vistos para turistas, só beneficiam as grandes agências de turismo que operam para Cabo Verde.

No mesmo documento, essa associação afirma que estas medidas implementadas no quadro do novo regime jurídico de entrada, permanência, saída e expulsão de estrangeiros do território nacional, o chamado Processo Eficiente, Automático e Seguro de Entrada de Viajantes- EASE,  poderão a longo prazo ser uma “oportunidade” para as agências de viagens e turismo aumentarem os seus rendimentos, mas não por enquanto.

“Infelizmente, é convicção da AAVTCV e seus associados que, assim como está a maioria das agências de viagens cabo-verdianas não estarão em condições de beneficiar da mesma, pelo menos no imediato, pois que as nossas agências, na sua maioria, não funcionam propriamente como agências de turismo e, quando acontece, o volume de negócios é ainda pouco expressivo. O que equivale dizer que este novo quadro deverá beneficiar essencialmente as grandes agências emissoras de turistas”, explica a associação.

Esse organismo avança ainda que para que as agências de viagens e turismo cabo-verdianas possam ter “uma parte importante desse bolo” da TSA, “é preciso que estas possam desenvolver mais a vertente do turismo e aumentar os seus negócios”.

Para isso, prossegue o comunicado,  “estamos seguros de que será necessário um programa de fomento empresarial e que possa ajudar as agências nesta necessária modernização e ampliação dos seus negócios e poderem assim acompanhar a evolução do mercado”.

Associação garante ainda que nos sete meses de gestão da nova direcção a AAVTCV tem procurado “alargar a sua base de parcerias por forma a ampliar o seu mercado e construir condições efetivas para a transformação das nossas agências de viagens em verdadeiras agências, também, turísticas e à conquista de novos mercados”.

Para isso, já estabeleceram contatos com a congénere de Macau e a embaixada russa, o Turismo de Portugal tendo em vista formações e capacitação das agências nacionais e atracção de novos mercados turísticos para o país.

Recorde-se que a TSA veio, na prática, substituir as receitas de isenção de vistos e cada agência receberá 6 euros por turista, da fatia de 3.400 escudos da TSA, cobrada nos voos internacionais.

Como bem avançou o site Santiago Magazine, as grandes agências internacionais como a TUI e  Thomas Cook que dominam a emissão dos turistas do chamado “turismo de massas” serão as grandes beneficiárias, para já dessa fatia.

Em princípio o registo e pagamento da TSA deverá ser feito online, mas pelo que A NAÇÃO constatou no dia 1 de Janeiro no aeroporto internacional da Praia, Nelson Mandela, muitos turistas enfrentavam a gigante fila outrora dos “visa”, para pagar a TSA.

Ainda, muitos turistas desconheciam mesmo a existência da TSA, assim como muitos cabo-verdianos e descendentes de cabo-verdianos sem passaporte cabo-verdiano.

Inclusive, esses cabo-verdianos e descendentes insurgiram-se contra a medida, recusando pagar a TSA.

GC

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