O Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, afirmou que a Universidade de Coimbra funcionou como um espaço de intercâmbio de ideias e polo aglutinador para estudantes que haveriam de se juntar aos movimentos de libertação das colónias portuguesas.
Jorge Carlos Fonseca fez estas declarações no acto de encerramento da conferência “A Universidade de Coimbra e Cabo Verde. História de uma parceria de sucesso”, que aconteceu, este sábado, na Assembleia Nacional, como parte do programa do primeiro encontro dos estudantes daquela instituição em Cabo Verde.
Conforme o mesmo, muitos dos jovens que se juntaram aos movimentos de libertação das colónias portuguesas, depois de se encontrarem na Universidade de Coimbra, prosseguiram com ideias de independência e da liberdade.
Muitos deles pagaram pela ousadia, uns com detenção, outros com a suspensão da universidade obrigando-os a terminar os estudos mais tarde, como foi o seu caso, lembrou o Presidente da República, realçando que conseguiu terminar o curso de direito anos depois em Lisboa.
No entanto, para Jorge Carlos Fonseca, a passagem pela Universidade de Coimbra lhe proporcionou os primeiros contactos “com uma outra vida e novas realidades”, como às diversas formas de arte, na companhia dos estudantes e quadros jovens portugueses e africanos com quem participavam “em núcleos ligados à luta pelo ideário anticolonial e independentista.”
De acordo com o PR, mais tarde foi esta instituição o responsável por formar os primeiros quadros cabo-verdianos superiores que “iam ter o destino do Cabo Verde independente nas suas mãos.”
Por isso, o Presidente da República mostrou-se satisfeito em testemunhar o encontro de antigos estudantes de Coimbra em Cabo Verde, afirmando-se céptico de que do encontro “sairão novas ideias e formas de fazer da universidade de Coimbra um exemplo de património afectivo e rico em valores de cidadania, de liberdade e democracia.”
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