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Economia

Vigilantes das empresas de segurança privada ponderam manifestação

Os vigilantes das empresas de segurança privada a nível nacional ponderam partir para uma manifestação pacífica de três dias seguidos, se até quarta-feira, 23, não se conhecer nenhuma resolução em termos de aplicabilidade da grelha salarial, aprovada em 2018.

A informação foi avançada hoje pelo presidente do Sindicato de Indústria, Alimentação, Construção Civil e Afins (SIACSA), Gilberto Lima, que faz fé num encontro a ter lugar nesta quarta feira, entre o Ministério da Administração Interna e as empresas de segurança privada.

O sindicalista adianta que já na quinta-feira, 18, quiseram agendar a dita manifestação, mas recuaram ao tomar conhecimento de que o Ministério da Administração Interna tinha convidado as empresas para um encontro.

“O Governo anda em zigue-zague. Hora diz uma coisa e depois diz outra e faz confusão. Essa manifestação deveria ser realizada na quinta-feira, mas o Ministério da Administração Interna chamou as empresas de segurança privada para uma reunião na quarta-feira de manhã e nós estamos à espera por um desfecho favorável”, disse.

Contudo, adianta que se desse encontro não sair esse desfecho favorável que esperam, os vigilantes vão realizar essa manifestação como forma de protestar contra a situação em que os mesmos estão a viver.

“A situação dos vigilantes vai de mal à pior. Auferem um salário de miséria devido ao não cumprimento do acordo estabelecido em 2018”, notou o sindicalista, indicando que o sindicato e os trabalhadores estão a fazer fé numa “parceria séria” das empresas de segurança privada que, conforme fez saber, estão a exigir a regulação do sector para poderem ter as condições necessárias para valorizar e pagar um salário digno aos vigilantes.

“Nós estamos do mesmo lado. Eles já estão de facto saturados com essa situação. Essa portaria de extensão servirá para regular o mercado e acabar com a concorrência desleal que muitas vezes impedem as próprias empresas de cumprirem com as suas obrigações. Portanto o que nós queremos é que haja regulação do mercado e que a grelha salarial aprovada em 2018 entre em vigor”, disse Gilberto Lima.

Durante a conferência de imprensa Gilberto Lima aproveitou para denunciar a situação laboral no Laboratório de Engenharia Civil (LEC), adiantando que os trabalhadores dessa instituição “estão a viver uma situação complicada de assédio moral”.

“Essa empresa nem respeita a Inspecção-Geral do Trabalho que a notificou aquando da recusa de conceder férias a um casal. Esses profissionais vivem o maior sufoco laboral da sua história”, frisou acrescentado que o SIACSA em representação dos trabalhadores exige da presidente do LEC um melhor tratamento e respeito para com os trabalhadores.

Outra situação denunciada tem a ver com os estivadores da ilha do Sal. Segundo Gilberto Lima os mesmos poderão também partir para uma manifestação pacífica contra a decisão da administração da ENAPOR de incluir na lista mais de 10 estivadores no porto de Palmeira.

Uma situação que prejudica os actuais trabalhadores na medida em que, conforme as contas do sindicalista Gilberto Lima, poderá resultar em perdas salariais no final do mês.

“O SIACSA já fez saber à Enapor esta situação e pediu uma ponderação da medida. Caso contrário os estivadores na ilha do Sal vão mesmo partir para a luta”, disse adiantando que o movimento de navios e de mercados na ilha ainda é fraco e o custo de vida é alto.

Inforpress

 

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