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Trump assina Acordo para fim do “Shutdown” sem ter dinheiro para o Muro

O Presidente norte-americano assinou, na sexta-feira, 25, o Acordo Orçamental com o Congresso, que permite reabrir serviços e agências governamentais, o que corresponde ao fim do designado “Shutdown”, durante três semanas, até 15 de Fevereiro.

Donald Trump tomou esta decisão sob uma crescente pressão e um alargamento de situações de ruptura de funcionamento, designadamente, em aeroportos e serviços fiscais, mas sem conseguir obter o dinheiro para financiar o muro que pretende na fronteira com o México.

Sózinho no Jardim das Rosas, na Casa Branca, Trump disse que iria assinar a legislação que permite o financiamento das estruturas governamentais, até 15 de Fevereiro, e tentar persuadir os congressistas a financiarem o seu Muro.

O Acordo alcançado não contempla qualquer financiamento para o Muro, mas acaba com o maior “Shutdown” da História dos EUA.

O recuo de Trump ocorreu no 35.º dia do encerramento parcial de vários serviços do Governo, quando se acumulavam várias situações de disfuncionalidade, como os atrasos crescentes nos aeroportos, e se tornava a passar pela situação de não pagamento dos salários a mais de 800 mil funcionários públicos.

O “Shutdown” acabou como os líderes democratas queriam: primeiro, reabre-se o Governo, depois, fala-se sobre segurança fronteiriça. “O Presidente pensou que podia quebrar os democratas, o que não conseguiu, e espero que tenha aprendido a lição”, afirmou o líder da minoria Democrata no Senado, Chuck Schumer.

A presidente da Câmara dos Representantes, a também democrata Nancy Pelosi, reforçou: “A nossa unidade (dos Democratas) é o nosso poder. E foi isto que o Presidente subestimou”.

Trump continua a defender a necessidade de construir um muro na fronteira com o México e insiste que pode tornar a fechar o Governo, se não lhe derem o dinheiro necessário para isso. Mas, quando as negociações recomeçarem, Trump vai entrar nelas com uma posição enfraquecida. Sondagens recentes consideram Trump o responsável pelo “Shutdown”.

O Presidente tem dito que pode declarar uma emergência nacional de forma a financiar o Muro fronteiriço, unilateralmente, se o Congresso não lhe der o dinheiro. Mas esta decisão iria enfrentar uma série de obstáculos legais.

Como parte do Acordo com os líderes do Congresso, vai ser criada uma Comissão Bipartidária, com membros do Senado e da Câmara dos Representantes, para analisar os investimentos na fronteira.

O Acordo inclui, também, o pagamento aos 800 mil funcionários públicos, que têm estado a trabalhar sem receber.

Com as discussões sobre a fronteira a recomeçarem, o líder da maioria Republicana no Senado, Mitch McConnell, afirmou que esperava que houvesse “negociações de boa-fé nas próximas três semanas, para procurar resolver as diferenças”.

Schumer, por seu lado, declarou que os Democratas, apesar de se oporem ao financiamento do Muro, concordam que existem outras formas de ter uma fronteira segura, “o que facilita um eventual Acordo”.

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