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Cultura

Cabo Verde e Brasil assinam acordo de reciprocidade para uma maior defesa do catálogo musical brasileiro e cabo-verdiano

“Este acordo vai nos permitir representar aqui em Cabo Verde seis milhões de obras musicais e sete milhões de fonogramas que integram o repertório da ABRAMUS e constitui também uma grande oportunidade de trabalharmos juntos, na defesa dos nossos autores músicos, criadores, produtores e interpretes”, afirmou hoje a presidente da SCM, Solange Cesarovna.

Solange Cesarovna, que falava à imprensa, no final da assinatura do acordo, que aconteceu hoje, à margem da reunião Inter-Regional da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), sobre Direitos de Autor e Gestão Colectiva dos Países Lusófonos, que decorre na Cidade das Praia, de 19 a 22, explicou que este momento constitui uma oportunidade de defender as músicas cabo-verdianas que estão a ser utilizadas nas diversas formas de divulgação, desde as rádios mas também nos concertos ao vivo no território brasileiro.

Considerou que este acordo reforça o catálogo da SCM de uma forma muito “significativa”, tendo em conta que passaram de 100 mil para seis milhões de obras musicais brasileiras e reforça ainda mais a responsabilidade da instituição que passa pela defenda do catálogo mundial aqui em Cabo Verde, mas também do autor, criador e artista cabo-verdiano no mundo.

Por outro lado, acrescentou que o acordo vai permitir o estreitamento dos laços de amizade e de apoio para com a entidade de gestão colectiva de Cabo Verde, de modo a inspirar e apreender com a ABRAMUS as melhores práticas, mas também seguir os modelos de sucessos das entidades de outros países, de modo e fazer da Sociedade Cabo-verdiana de Música uma entidade forte.

“Neste momento, temos uma parceria com a Sociedade Portuguesa de Autores e com a ABRAMUS que, também, tem uma experiência muito forte dentro da lusofonia, sobretudo, voltada para os direitos conexos”, revelou.

Por seu turno, o director-geral da Associação Brasileira de Música e Artes, Roberto Correia de Melo, considerou que este acordo constitui uma “grande honra” para a instituição que dirige, tendo realçado a importância de se desenvolver sistemas, ferramentas e formas de defesa e de partilha do repertório para a integridade de acção que se projecta por Cabo Verde, pelo Brasil e pelo mundo afora.

“Os repertórios hoje são bastantes partilhados. Nós temos visitas, autores brasileiros que fazem obras com os autores cabo-verdianos, isso mostra que essa integração cultural, política, técnica e social determina exactamente o aprimoramento da gestão colectiva pelo mundo afora”, sublinhou, realçando que o objectivo das associações é defender os autores e os direitos básicos de todos os titulares da música.

Assegurou que a ABRAMUS sempre teve o interesse de projectar o repertório brasileiro e defender o repertório estrangeiros no Brasil, sobretudo com os países de língua portuguesa, tendo adiantado que neste momento a música cabo-verdiana já integra o repertório brasileiro, sendo que Cesária Évora tem maior projecção e destaque, não só a nível brasileiro, mas também internacional.

“Já temos contratos de reciprocidade com todas as sociedades de direitos autorais conexos da língua portuguesa e Cabo Verde era o que nos faltava e vai ser transferido para que possam defender com integridade e legitimar a sociedade cabo-verdiana a defender os repertórios estrangeiros aqui no território de Cabo Verde”, referiu.

O acordo que foi rubricado à margem da reunião Inter-Regional da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), sobre Direitos de Autor e Gestão Colectiva dos Países Lusófonos, foi presenciado pela vice-directora geral da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), Sylvie Forbin.

Inforpress

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