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Angola: Polícia refuta existência de cartéis de drogas

O comandante provincial da Polícia Nacional, em Benguela, comissário Aristófanes dos Santos, negou que a circunscrição atravessa um cenário de criminalidade organizada, que envolve o tráfico ilícito de drogas pesadas, conforme informações postas a circular nas redes sociais.
“Felizmente, na nossa Província, podemos dizer sem medo de errar, que não temos criminalidade organizada a este nível do tráfico ilícito de drogas pesadas”, afirmou o comandante provincial da Polícia Nacional – Citado pelo Jornal de Angola -, o qual aponta o estupefaciente liamba (também conhecida por “padjinha”), como sendo a droga mais consumida em Benguela.
O comissário Aristófanes dos Santos reconhece que há consumo, porém, não em larga escala, de cocaína, “ecstasy”, haxixe, entre outras substâncias psico-trópicas, uma situação que as forças policiais têm combatido, no âmbito do controlo da criminalidade comum.
Dos Santos explica que esse consumo de substâncias psico-trópicas, como a cocaína, não chega a ser tão gravoso, tendo em atenção que a droga pesada é vista por cartéis de droga em que há importadores, ou seja, a criminalidade organizada, um cenário que, a seu ver, não se expandiu para Benguela.
Fora a droga pesada, há sim o uso, ainda, em larga escala, de liamba, com o comandante da Polícia Nacional a assinalar o permanente trabalho das Forças de Segurança, num autêntico cerco à produção da “cannabis”, a partir dos municípios do interior da Província de Benguela, onde os envolvidos tendem a mandar os estupefacientes para o litoral.
Para o comissário, a problemática do tráfico e consumo de droga é já um outro tipo de criminalidade, que é tratada à parte, ou seja, com muito mais atenção.
Quando questionado, por exemplo, se os sapatos pendurados em fios de energia eléctrica em vários bairros de Benguela e do Lobito seriam um código usado por marginais para alertar sobre a existência de área de venda e consumo de liamba, o comandante, sem confirmar nem desconfirmar, esclareceu apenas que “nem sempre é verdade”.
A posição da Polícia Nacional surge num momento em que a Província de Benguela tem assistido a uma sucessão de denúncias, feitas nas redes sociais, sobre a existência de uma suposta rede de crime organizado, tráfico de drogas e armas, cujos barões estariam a envolver jovens dos 17 aos 27 anos, para tentar desviar as atenções das autoridades.
A alegada quadrilha de narcotráfico – segundo os vários relatos que têm surgido -, estaria a actuar no circuito Benguela, Huíla e Huambo, em colaboração com os promotores de eventos dessas províncias.

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