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América Latina: Venezuela e Brasil lideram aumento da pobreza extrema

A Comissão Económica para a América Latina e o Caribe (Cepal) faz uma nova advertência sobre o aumento da pobreza na Região. Mais seis milhões de pessoas cairão em situação de extrema pobreza na América Latina, em 2019, elevando o número total de pobres para 191 milhões, segundo um Relatório divulgado nesta quinta-feira, 28, pela Organização.
A Cepal, um organismo das Nações Unidas com Sede em Santiago, no Chile, destaca que a alta de 2,3 pontos da pobreza entre 2014 e 2018 na média regional “se explica, basicamente, pelo aumento registado no Brasil e na Venezuela”.
A pobreza afecta, principalmente, meninos, meninas e adolescentes, mulheres, indígenas e afro-descendentes, moradores de áreas rurais e desempregados, resume o documento.
À excepção da Venezuela e do Brasil, nos demais países, a tendência dominante nesse período foi de diminuição da pobreza, devido a um aumento das receitas com trabalho para famílias com menos recursos, mas, também, a transferências públicas dos sistemas de protecção social e privadas, como no caso de remessas de familiares em alguns países – nota a Cepal.
Dos 191 milhões de pobres que a América Latina terá no fim de 2019, 72 milhões se encontrarão em estado de extrema pobreza. Em 2018, o número de pobres já era alarmante: totalizava 185 milhões de pessoas.
Com o crescimento observado, a taxa de pobreza deve atingir 30,8 por cento (%) da população da América Latina até o fim do ano, o que equivale a um aumento de 0,7% em relação aos 30,1% registados no ano passado.
Praticamente, todas as pessoas que irão engrossar o contingente de pobres na região entrarão, directamente, na categoria da pobreza extrema, sublinha o documento. Com isso, a pobreza extrema deve alcançar 11,5% em 2019, uma alta de 0,8% em relação ao ano anterior.
A secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena, fez uma série de considerações no lançamento do Relatório Panorama Social da América Latina 2019. Ela recordou que, há quase uma década, a Cepal colocou a igualdade como um fundamento essencial do desenvolvimento.
 
Com: RFI

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