Um pouco por várias cidades de Portugal, mas também em Cabo Verde e vários países da diáspora, marcha-se hoje, às 15h, em silêncio por Giovani Rodrigues.
Justiça é a palavra por detrás desta iniciativa que junta vários estudantes cabo-verdianos em diferentes cidades académicas de Portugal, como Bragança (onde estudava Giovani), Coimbra, Porto, Lisboa, Covilhã e Évora, mas também muita gente da sociedade civil em Cabo Verde, onde a marcha acontece em Mosteiros (sua terra natal), Praia e Boa Vista, entre outros.Holanda, Paris, Estados Unidos da América juntam-se também a esta homenagem num grito silencioso por justiça.
Recorde-se que Luis Giovani dos Santos Rodrigues tinha 21 anos e estava em Portugal há menos de dois meses para estudar, quando à saída de uma discoteca no passado dia 21 de Dezembro foi espancado, por um grupo de 15 jovens armados com ferros, cintos e tacos de basebol. Giovani acabou por falecer já no hospital de Santo António no Porto no dia 31 do mesmo mês, véspera de fim de ano, não tendo resistido aos ferimentos, depois de ter sido evacuado para lá com um traumatismo cranioencefálico no dia 21.
Natural de Mosteiros, na ilha do Fogo, em Cabo-Verde, o jovem Giovani era tido como um rapaz pacato, tocava piano na Igreja desde criança, juntamente com dois amigos com quem havia formado uma banda de música tradicional cabo-verdiana. Cursava Designe de Jogos Digitais no IPB.
A PJ portuguesa está a investigar o caso, tendo sido, ao que tudo indica, já interrogados alguns dos suspeitos. Porém, até agora não há conhecimento público de detenções.
Citado pela SIC Notícias, Luís Neves, director nacional da PJ portuguesa disse que aquela instituição está “fortemente empenhada” em dar uma resposta “rápida” e “pronta” sobre o caso e frisou que quer que fique “bem expresso” que estão a “investigar os factos há muitos poucos dias”.
Nas redes sociais o caso chocou a opinião pública reclamando-se por justiça.
O pai de Giovani, Joaquim Rodrigues, que acompanhou o filho de perto durante o seu internamento no Hospital de Santo António no Porto, diz acreditar na justiça portuguesa e fala em um ato de “terrorismo”.
Aguarda-se agora a chegada do corpo do jovem Giovani Rodrigues em Cabo Verde, onde será sepultado na sua terra natal, em Mosteiros.
