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Covid-19

COVID-19: Ulisses Correia e Silva reconhece “forte solidariedade” da Diáspora cabo-verdiana

O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, reconheceu a “forte solidariedade” da diáspora cabo-verdiana e a mobilização social em todos os concelhos do país, que têm ajudado muitas famílias a ultrapassarem as dificuldades vivenciadas neste momento.

Correia e Silva falava durante uma video-conferência realizada na terça-feira (28) com os Embaixadores e Chefes de Missão no exterior.

“A nossa Diáspora sofre duplamente, tanto pelo facto de estar em países afectados fortemente pelo COVID-19, como pelo facto de terem esta ligação muito estreita e profunda com o país. Esta ligação com a terra tem-se traduzido em remessas para as famílias. Praticamente em todas as ilhas, todos os concelhos há uma mobilização social muito forte e isto tem ajudado muitas famílias a ultrapassarem dificuldades que vivem neste momento”, apontou o primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva.

O encontro com os embaixadores foi aproveitado pelo chefe do governo para endereçar condolências e pêsames às famílias cujos entes queridos faleceram recentemente devido ao novo coronavírus, e desejar que possam todos ultrapassar as dificuldades, em particular em Brockton (nos EUA) “onde os relatos dos acontecimentos são mais duros.

“Nos outros países temos também informação de falecimentos, mas esta concentração em Boston e particularmente em Brockton, exige que façamos um endereço muito especial. Porque a exposição é grande, não só relativamente às pessoas que foram infectadas, às mortes registadas, mas o impacto sobre a nossa comunidade que tem uma representação importante nessa cidade americana, e isso coloca-nos numa posição de preocupação adicional”, acrescentou.

O Primeiro Ministro vincou que este é um combate duro em que os países têm lutado para controlar a propagação do contágio e do vírus, e evitar que o sistema de saúde colapse, assim como uma preocupação na prevenção, tratamento e a recuperação daqueles que adoecem. Todos querem evitar o máximo o impacto provocado pelas mortes e Cabo Verde não foge à regra.

“Tomamos medidas atempadas antes da OMS declarar pandemia e antes de aparecer o primeiro caso positivo, começamos a adoptar medidas restritivas, primeiro, com o cerco internacional com a interdição de voos internacionais da Itália, depois para todos os países europeus, africanos, EUA e Brasil. Isso serviu para reduzir o efeito externo de contágio e propagação, depois interditamos transportes interilhas, tomamos medidas de distanciamento social, protecção individual e continuamos na fase de fazer o combate mais efetivo”, sustentou.

Não obstante, Ulisses Correia e Silva lembrou que a economia cabo-verdiana está fortemente afectada, uma vez que depende do turismo e toda a cadeia de actividade associada ao sector, assim como a exportação que foi atingida, razão pela qual defendeu a necessidade de reformatar novamente a economia para sair desta crise. Mesmo com medidas excepcionais para proteger o emprego, as famílias e as empresas, o Primeiro Ministro considerou serem de “mitigação e não sustentáveis para períodos muito longos”, por isso, avalia positivamente o retomar da economia e aprender a conviver com o vírus.

“Vamos ter que fazer o relançamento da economia e da actividade económica, como nas ilhas que já saíram do estado de emergência, que têm retomado aos poucos a actividade, os serviços e as empresas estão a funcionar, é importante sobreviver, relançar e recuperar, mesmo em moldes diferentes, até a dita normalmente”, disse, indicando que brevemente vai apresentar um programa de recuperação e relançamento da economia.

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