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Sociedade

São Vicente: Centro Social de Ribeira Bote poderá beneficiar do Fundo de Descentralização

A garantia foi dada pela vereadora do pelouro social da Câmara municipal da ilha, Lídia Lima, à Inforpress. Esta responsável, que coordena o programa, explicou que ainda não foi apresentado nenhum projecto em concreto, mas já há algumas iniciativas, que deverão ser agora desenvolvidas a partir de um workshop, que a edilidade pretende realizar no final deste mês para dar formação às associações.

“As associações receberão alguma capacitação à volta da gestão, apresentação e seguimento de projectos e após essa acção é que apresentaremos os projectos para serem financiados”, sustentou a mesma fonte, para quem no máximo deverão ser dois ou três a serem contemplados devido ao montante disponibilizado.

Isto, porque o Fundo de Descentralização englobe o valor de 15 mil contos para os concelhos com o Plano Estratégico de Desenvolvimento já efectivado, mas como São Vicente ainda não tem o seu – embora a vereadora garanta que deverá ser “concretizado em breve” – beneficiará do montante de 10 mil contos.

Esta verba que poderá ajudar o Clube Desportivo de Ribeira Bote, que apresentou uma iniciativa de reabilitação do centro social da zona, para albergar projectos culturais, desportivos, educativos, recreativos e outros.

“É um grande projecto se as associações conseguirem o financiamento para essa zona, que é uma zona que temos de actuar no que diz respeito à prevenção, mas também de uma acção mais profunda para transformar a vivência daquela comunidade, porque fica inserida onde há alguns problemas”, lançou Lídia Lima, apontando questões como consumo de drogas e alcoolismo e outros problemas sociais de habitação.

Então seria, segundo a mesma fonte, um primeiro passo para promover uma “transformação radical” das zonas de Ribeira Bote e Ilha de Madeira, incidindo sobre a educação das crianças e adolescentes, promoção do desporto e outras práticas culturais e reforço da actuação em termos de recepção de turistas.

Em São Vicente, também, ajuntou, há outras associações com conhecimento do Fundo de Descentralização, que já foi apresentado oficialmente na ilha, e deverão participar no programa de capacitação e depois apresentar os seus projectos.

Por isso, a vereadora considerou ser o fundo um “bom instrumento” para as orientações de desenvolvimento local, que permitirá o levantamento dos reais problemas.

“Vamos passar a envolver mais as comunidades no processo de identificação das necessidades reais, em vez de estarmos a implementar projectos sem a sua participação e sem ouvir os membros da comunidade. Vamos a passar a envolvê-los e depois efectivar projectos que vão ao encontro das suas expectativas”, concretizou Lídia Lima.

De acordo com o Governo, este fundo procura financiar projectos identificados e priorizados pelas câmaras e associações locais no quadro dos Planos Estratégicos Municipais de Desenvolvimento Sustentável (PEMDS), já aprovados.

O Fundo de Descentralização é um instrumento concebido para apoiar os 22 municípios de Cabo Verde e as associações locais na implementação de projectos destinados à melhoria de qualidade de vida das pessoas e a combater a pobreza, no âmbito do quarto Programa Indicativo de Cooperação entre a República de Cabo Verde e o Governo do Grão-Ducado do Luxemburgo.

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