O projecto Simili, que visa transformar e reciclar os desperdícios recolhidos do mar e de outras fontes, pretende fornecer aos artesãos materiais a serem reutilizados. O trabalho passa também por consciencializar a população para zerar o desperdício e a proteger o meio ambiente.
Simili, um projeto que começou a ganhar vida desde o ano passado, é comandado por duas promotoras, Débora Roberto e Helena Moscoso. Ambas formadas em turismo, afirmam que um dos objectivos vai ao encontro da ajuda e promoção dos artesãos e elevar os produtos nacionais.
“O que queremos mesmo é criar uma rede, queremos agregar pessoas que queiram trabalhar com materiais reciclados e proporcionar plataformas para exibirem e venderem os seus produtos. Temos imensas coisas que podemos fazer com os desperdícios”, explica Helena Moscoso.
Além de “chegar às entidades ou a um grupo de pessoas” e fornecer materiais reciclados para que possam “fazer arte”, Simili tenciona trabalhar com a consciencialização das pessoas para a proteção do meio ambiente,
evitando que lixos cheguem ao mar. Uma tarefa já antiga que as impulsionadoras do projecto garantem dar continuidade, apostando na comunicação e sensibilização das comunidades.
“Temos que consciencializar as pessoas a reciclar. E pelo facto de sermos ilhas já deveríamos estar habituados. Estamos cercados de mar. É a nossa casa. Por isso necessitámos, e muito, sensibilizar as pessoas”, alerta Débora
Roberto.
A promotora ainda apela a mais responsabilidades por parte das empresas
do país em relação aos seus lixos e fala na tentativa de uma possível parceria, entre elas e a Simili, para a recolha de seus resíduos e dar-lhes uma nova vida.
Simili foi o projeto vencedor do concurso “Empreender Azul”, em 2019, no âmbito do Programa de Assistência Técnica para a Promoção da Economia Azul.
*Suila Soares
*Estagiária
