Tendo em conta a pandemia, a Fundação Cabo-verdiana de Ação Social e Escolar (FICASE) garante estar a trabalhar para que todas as crianças tenham acesso ao ensino. Esta fundação pretende apoiar cerca de 96 mil crianças, do pré-escolar ao 8º ano de escolaridade.
O presidente da FICASE, Albertino Fernandes, assegura que, a prioridade, este ano, é fazer chegar a alimentação a todas as crianças. O mesmo garante que os delegados escolares têm investigado sobre os diversos cenários e as formas dos apoios chegarem aos mais pequenos e carenciados.
“Temos lugares que vão funcionar de forma normal, com menos alunos nas aulas presenciais. Temos lugares que ainda estamos a pensar em como fazer funcionar, com a possibilidade de ter serviços de takeaway para que os alunos possam levar a refeição para casa e não passar muito tempo na escola, outros podem comer na escola, ou seja,
estamos a criar condições e tudo está em aberto. Estamos a preparar para que a 1 de outubro tenhamos um serviço mínimo de cantinas escolares”, explica o presidente, citado pela RCV.
O apoio aos 96 mil alunos, com as cantinas escolares, deverá rondar o orçamento habitual de 50 a 60 mil contos, mas a instituição dispõe ainda de programas que visam atuar as necessidades em outros domínios, para os quais foi lançada uma campanha para angariação de fundos.
“A nossa prioridade é a alimentação, mas para além dela temos programas de materiais escolares, onde há cerca de 30 mil alunos que os pais não têm condições de comprar material. Normalmente todos os anos distribuímos kits escolares. E neste ano, com essa pandemia, as necessidades aumentaram”, diz Albertino Fernandes.
O presidente da FICASE finaliza assegurando que o número de beneficiados podem vir a aumentar, mediante as necessidades verificadas no seio das famílias.
Suíla Rodrigues
Estagiária
