PUB

Diáspora

Caso Giovani: acusação pede mais de 300 mil euros de indemnização 

A maior parte do valor em questão, tem a ver com as circunstância e morte do jovem de 21 anos, e a perda para os pais.  

 

Os oito indivíduos detidos pela morte do jovem estudante cabo-verdiano Giovani, em Bragança, Portugal, enfrentam um pedido de indemnização superior a 300 mil euros, cerca de 33 mil contos cabo-verdianos.

Conforme avança a imprensa portuguesa, que cita fonte da Agência Lusa, o valor diz ainda respeito a alegadas ofensas aos restantes três colegas de Giovani que o acompanhavam na fatídica noite de 21 de Dezembro, quando foi violentamente agredido à paulada e com cintos.

De acordo com a mesma fonte, a maior parte do valor em questão, tem a ver com as circunstância da morte do jovem de 21 anos, e a perda para os pais. O resto da verba em causa, que não é quantificada, foi pedida pelos outros três colegas ofendidos no processo, que acompanhavam a vítima na noite dos factos, que aconteceram a 21 de Dezembro de 2019.

Segundo o Correio da Manhã, o Ministério Público acusa cada um dos sete suspeitos da “prática de um crime de homicídio qualificado agravado, sendo um na forma consumada e três na forma tentada”.

A dois destes arguidos, o MP imputa-lhes ainda “a prática de um crime de detenção de arma proibida”, enquanto há um oitavo arguido que é ainda acusado do crime de “favorecimento pessoal” por alegadamente “ter escondido, a pedido de um arguido, o pau com moca utilizado para a prática dos factos”.

Luís Giovani dos Santos Rodrigues, de 21 anos, acabaria por falecer a 31 de Dezembro, num hospital do Porto, 10 dias depois de ter sido brutalmente agredido à saída de uma discoteca em Bragança e na presença do pai, que se deslocou a Portugal para acompanhar o estado do filho.

Giovani estava naquela cidade do Norte de Portugal, desde Outubro para completar uma formação em Design de Jogos Digitais, no Instituto Politécnico de Bragança.

Luís Giovani era tido pela população dos Mosteiros, de onde era natural, como um jovem afável e simpático “um bom menino” como chegou a declarar o pai. Era ainda considerado um dos mais promissores artistas dos Mosteiros tendo-se destacado na banda Beatz Boys, um grupo integrado por jovens formados pela paróquia de Nossa Senhora da Ajuda, da qual fazia parte.

O corpo de Giovani foi a enterrar a 18 de Janeiro, nos Mosteiros, na presença de centenas de familiares e amigos que lhe prestaram uma última homenagem. O caso chocou Cabo Verde e toda a sua diáspora espalhada pelo mundo, despoletando uma série de manifestações contra o racismo, em vários países.

Contudo, de notar que o caso não foi tratado pelo móvil de crime de racismo, mas sim como um homicídio  causado por “motivos fúteis”. Na altura, Luís Neves, diretor nacional da PJ portuguesa, realçou que a morte de Giovani foi causada por “motivos fúteis” de uma desavença ocorrida num espaço público e os detidos foram indiciados por homicídio qualificado.

PUB

PUB

PUB

To Top