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Política

ONU: PM defende  que a “grave pandemia” não deve confinar a ambição da Agenda 2030

O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, destacou, este sábado, no seu discurso por ocasião 75ª Sessão do Debate Geral da Assembleia Geral da ONU, a crise sanitária, económica e social, à escala mundial, provocada pela pandemia da Covid-19, e defendeu o acesso equitativo e universal à vacina como um bem público essencial.

 

Admitindo que a humanidade atravessa a maior das ameaças no decurso do último século, o chefe do Governo afirmou que “hoje, mais uma vez, com a pandemia da Covid-19 fica claro a importância do multilateralismo. Quando as economias se desconectam, quando as fronteiras se fecham, todos perdem. Uns perdem mais do que outros, mas o saldo global é negativo”.

Em relação ao continente africano, o chefe do executivo cabo-verdiano fez questão de lembrar que “ninguém ganha com uma África mais empobrecida, com o aumento de crises humanitárias e securitárias”.

“Todos ganham se os países africanos tiverem as condições necessárias para superar a grave crise sanitária, económica e social provocada pela Covid-19, e entrarem numa nova era de transformações estruturais que impactem positivamente as suas economias e os Índices de Desenvolvimento Humano”, afiançou Ulisses Correia e Silva, sublinhando que “é neste quadro, que o acesso equitativo e universal à vacina como um bem público essencial e a iniciativa de perdão da divida externa, devem ser objeto de um Pacto de Responsabilidade”.

Mas, para Ulisses Correia e Silva, a “grave pandemia” que se vive hoje não deve confinar a ambição da Agenda 2030, que inclui os objetivos de desenvolvimento sustentável mais integrados e inovadores de sempre, visando as pessoas, o planeta, o progresso, a paz e as parcerias.

“O Futuro do Mundo que queremos está repleto de incertezas, mas muito provavelmente respostas poderão ser encontradas dentro das balizas ou dos pilares que sustentam o mandato e são a razão da existência das Nações Unidas”, sustentou.

Para Ulisses Correia e Silva, as lideranças políticas têm uma responsabilidade acrescida e nenhuma, de nenhum país, deve ficar para trás no compromisso com milhões de jovens que legitimamente se preocupam com o seu futuro e dos seus filhos e netos que virão.

“As Nações Unidas que precisamos devem Unir as Nações na construção do Futuro que queremos. E isso só pode ser conseguido com a reafirmação da importância insubstituível do Multilateralismo”, afirmou.

O chefe do Governo disse ainda, no seu discurso que o potencial devastador das alterações climáticas também não conhece fronteiras. “E todos perdem, principalmente as gerações do século XXI e as gerações vindouras”.

Ulisses Correia e Silva disse, também, que a pobreza, a fome, a insegurança, a instabilidade e a violência extrema, como o terrorismo e a criminalidade organizada, “provocam impactos e externalidades que ultrapassam as fronteiras dos países”.

Volvidos 75 anos da criação da ONU, o primeiro-ministro chamou atenção, no seu discurso,  da necessidade de se introduzir reformas na Organização, nomeadamente a composição e o funcionamento do Conselho de Segurança; a revitalização da Assembleia Geral; o reforço do Conselho Económico e Social;  e o alinhamento dos métodos de trabalho entre estes órgãos.

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